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Existem peixes sem escamas?

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Peixes sem escamas habitam vários lugares do planeta: rios, lagos e mares. Aqui vamos mostrar algumas de suas características e tipos.
Existem peixes sem escamas?
Última atualização: 07 novembro, 2020

Embora pareça estranho, nem todos os peixes são cobertos por escamas. Os peixes formam um grupo muito diverso de vertebrados, pois podemos classificá-los com base em seu esqueleto, mandíbula, habitat e presença ou ausência de pele escamosa.

Os ecossistemas aquáticos podem ser muito variados, assim como os animais que os habitam. Os peixes sem escamas vivem em locais muito diferentes e possuem mecanismos de defesa para sobreviver ao ataque de outros animais. Se você quiser saber mais sobre eles, continue lendo.

Um peixe pode viver sem escamas?

As escamas cobrem o corpo do peixe e protegem seu ambiente interno do ambiente exterior. Elas também os ajudam em seus movimentos natatórios.

Essas estruturas surgem da derme dos peixes, e os mesmos genes que participam de sua formação são aqueles envolvidos no desenvolvimento dos dentes e pelos dos mamíferos. A dentina que forma o esmalte está presente em ambas as estruturas.

Existem diferentes tipos de escamas representativas de distintos grupos de peixes: placoides, cosmoides, ganoides, cicloides e ctenóides.

Com essa variedade e a função protetora das escamas, é válido perguntar como a evolução selecionou peixes sem escamas. Como esses peixes se protegem de machucados, predadores e patógenos? Quais estruturas os ajudam a nadar?

A ausência de escamas nesses peixes não significa que eles sejam limitados, uma vez que a seleção natural forneceu a esses animais outras estratégias para sobreviver em seu ambiente.

As lampreias e mixinas, peixes sem escamas nem mandíbulas

As lampreias e as mixinas pertencem a um grupo muito primitivo de peixes, os agnados ou peixes sem mandíbula. Sua aparência é muito diferente da de qualquer outro tipo de peixe. Além disso, eles são uma iguaria em muitas partes do mundo.

Possuem corpo cilíndrico e alongado, sem nadadeiras pares, apenas uma dorsal e uma caudal. A característica mais marcante desses peixes é a boca, formada por círculos de dentes córneos. Além disso, sua língua é capaz de atuar como uma ventosa na superfície das espécies que parasitam.

As mixinas têm corpo semelhante, mas carecem do funil bucal das lampreias. Em vez disso, elas apresentam órgãos sensoriais em forma de barbilhões.

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Os peixes anguiliformes: o congro, a enguia e a moreia

Essas espécies têm uma aparência parecida, semelhante a uma cobra, com corpo cilíndrico na parte frontal e achatado nas costas.

O congro é de cor cinza-azulada, com lábios carnudos e dentes pequenos e cônicos. É noturno e aproveita as reentrâncias do solo para se esconder e perseguir suas presas ao entardecer, quando está mais ativo.

As enguias vivem em água doce e migram para o mar para a reprodução. Além disso, sua aparência muda ao longo do seu crescimento.

Elas têm uma pele muito grossa que as protege das mudanças de temperatura e, ao mesmo tempo, torna mais fácil a respiração cutânea quando rastejam para fora d’água. A famosa enguia-elétrica vive em águas sul-americanas e pode emitir descargas de até 850 volts.

As moreias também possuem corpo anguiliforme, não apresentam escamas e secretam camadas mucosas protetoras. Além disso, apresentam uma pele muito espessa, com elevada proporção de células produtoras de mucosa, o que lhes permite fabricar essa substância com mais facilidade do que outras espécies de enguias.

Esses peixes caçam escondidos na areia e, graças à mucosa, os grãos de areia ficam presos à superfície da pele e posteriormente às paredes da sua toca, reforçando o refúgio onde permanecem.

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O bagre ou peixe-gato

Os bagres se destacam pelo seu grande porte, pois podem atingir até três metros de comprimento e ultrapassar os 200 quilos. São os maiores peixes de toda a Europa.

Esses gigantes também não têm escamas, sua pele é coberta por muco abundante. O s bigodes e as papilas olfativas do bagre permitem que ele perceba mudanças químicas na água.

É uma espécie introduzida para a pesca esportiva, na verdade, constitui uma espécie invasora em muitas regiões, pois desloca as espécies nativas graças à sua adaptabilidade a rios, lagos e reservatórios.

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O peixe quimera

Outro exemplo de peixe sem escamas é o peixe quimera. Esses peixes têm um aspecto muito marcante, com uma cabeça proeminente com olhos grandes e uma cauda muito longa e flexível.

Eles habitam o mar profundo e estão adaptados à escuridão. Seus corpos são desprovidos de escamas, possuindo uma espinha dorsal com a qual podem causar sérios danos aos seus agressores.

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Como podemos ver, existe uma grande variedade de peixes sem escamas, que se adaptaram a ambientes muito diversos com diferentes estratégias defensivas.


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