Guarda-rios gigante: o que come e como se reproduz?

O guarda-rios gigante africano é uma ave que foi avistada pela primeira vez em 1769.
Guarda-rios gigante: o que come e como se reproduz?

Última atualização: 09 março, 2022

Trata-se do maior exemplar da família dos Martins pescadores, e chama a atenção não só pelo tamanho, mas também por sua plumagem e seus hábitos. Aprenda tudo sobre o guarda-rios gigante neste artigo.

Características e localização do guarda-rios gigante

Seu nome científico é Megaceryle máxima, e pertence às aves coraciformes, dentro da família dos Cerylidae, que vive somente na África.

O guarda-rios gigante pode ser encontrado em quase todo o continente, principalmente nas áreas com muita vegetação, próximas de rios e riachos, onde encontra seu alimento.

Não mede mais de 50 centímetros, mas é a maior espécie entre os martins-pescadores. Além disso, vale a pena saber que tem um dimorfismo sexual notório. O macho é maior e mais robusto que a fêmea.

Em ambos os sexos, a plumagem é preta e prateada ou branca. As pontas das plumas da cabeça terminam em branco. O peito é mais claro que as asas e o rabo, com algumas manchas marrons ou avermelhadas.

megaceryle maxima

Além disso, o guarda-rios tem patas de cor muito escura e um bico comprido preto, assim como os olhos. O som característico dessa ave é um forte “wak wak wak”, que usa para se comunicar com seus iguais.

Até o momento, são conhecidas duas subespécies do guarda-rios gigante. O Megaceryle máxima maxim vive no sul da África, Senegal e Etiópia. Já o Megaceryle máxima gigantus habita a selva da Libéria, Tanzânia e Angola.

A primeira vez que essa espécie foi vista foi durante uma expedição realizada pelo naturalista alemão Peter Simon Pallas, em 1769.

Na época, foi denominada Alcedo máxima. Depois, em 1848, ganhou o nome que conhecemos atualmente, graças a outro naturalista alemão, Johann Jakob Kraup.

Alimentação e reprodução do guarda-rios gigante

Assim como acontece com os demais membros da família, o guarda-rios gigante se alimenta de peixes. Às vezes, pode ingerir crustáceos (principalmente caranguejos).

Quando a água está muito turva e ele não enxerga suas presas, que pesca introduzindo rapidamente o bico na água, pode consumir insetos, répteis ou anfíbios… Um oportunista completo!

guarda-rios gigante

Sobre a reprodução da espécie, a época do acasalamento depende da área onde vive. Se seu habitat é o norte do continente, os meses de reprodução ocorrem entre dezembro e fevereiro. Se, por outro lado, mora no sul, os meses serão de dezembro a janeiro.

Ainda não se sabe se o guarda-rios gigante é monogâmico, mas ambos os membros do casal constroem o ninho perto da margem de um rio.

É curioso que o “lar” do filhotes seja um extenso túnel, de até 50 centímetros de comprimento, que termina em uma câmara espaçosa e cômoda.

Antes de por os ovos (entre três e cinco), tanto a fêmea como o macho levam alimentos ao ninho, e o pai e a mãe os incubam durante um mês.

Quando os filhotes nascem, levam mais um mês para deixar o ninho pela primeira vez. Depois, mais 30 dias para saírem de vez. Durante essas oito semanas, dependem totalmente dos pais.

Não se sabe muito sobre os hábitos do guarda-rios gigante. Mas, pelo que sabemos, podemos afirmar que se trata de uma ave fascinante.

Pode interessar a você...
Aves marinhas, ameaçadas pela mudança climática e plásticos
Meus Animais
Leia em Meus Animais
Aves marinhas, ameaçadas pela mudança climática e plásticos

As aves marinhas também são um dos grupos de animais mais ameaçados pela poluição marítima de plásticos e outros resíduos humanos.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Takeishi, M. (1983). Avifauna od the Omo National Park, Ethiopia, in the Dry Season. African Study Monographs.


Os conteúdos de Meus Animais servem para fins informativos. Não substituem o diagnóstico, o aconselhamento ou o tratamento de um profissional. Em caso de dúvida, é recomendável consultar um especialista de confiança.