Como lidar com a alergia a cavalos

A alergia a cavalos, assim como todas as alergias, pode ter sérias consequências para algumas pessoas. Para tratá-la, primeiramente é necessário contar com um diagnóstico preciso e, em seguida, impedir o contato com o animal e seguir as recomendações médicas.
Como lidar com a alergia a cavalos

Última atualização: 10 maio, 2020

A alergia a cavalos é muito semelhante a outras alergias causadas por animais domésticos. Ela representa um importante problema de saúde. Em casos menos graves, afeta a qualidade de vida da pessoa. Já em casos extremos, pode até mesmo levar à morte.

Uma das dificuldades em relação à alergia a cavalos é que ela pode passar despercebida durante um longo tempo. Isso ocorre porque os seus sintomas são semelhantes aos de outras doenças, como, por exemplo, um resfriado comum. É por isso que sempre devemos ficar muito atentos, principalmente com as crianças.

Para superar esse problema, existem medidas que têm a ver com mudanças no estilo de vida e também com tratamentos médicos formais. A ciência já avançou bastante tanto no diagnóstico quanto no controle desse tipo de dificuldade.

Alguns dados sobre a alergia a cavalos

Em primeiro lugar, a alergia a cavalos é basicamente uma alergia à caspa que eles têm no pelo. No caso dos seres humanos, a presença de caspa é facilmente detectável. Em animais, no entanto, a caspa é microscópica e, portanto, quase imperceptível.

A caspa é o resultado da descamação do epitélio de alguns animais, incluindo os cavalos. O maior problema é que ela se espalha facilmente e adere durante um longo tempo às fibras têxteis, principalmente. Isso inclui roupas, tapetes, móveis, etc.

alergia a cavalos

As pessoas com alergia a cavalos têm uma resposta imune exagerada diante do contato com a caspa do animal. Consequentemente, isso faz com que apresentem um conjunto de manifestações anormais na pele e no sistema respiratório.

É importante notar que a reação pode ser muito diferente para cada pessoa. Portanto, a gravidade dos sintomas também pode ser muito diferente. Podem variar desde um leve desconforto até a incapacidade de respirar.

O primeiro passo: consultar um especialista

A primeira medida a ser tomada, em caso de suspeita de alergia a cavalos, é consultar um especialista. Se não houver um diagnóstico preciso e confiável, as medidas tomadas para resolver o problema serão de pouca utilidade.

É possível suspeitar de uma alergia a cavalos se, poucas horas depois de entrar em contato com eles, a pessoa tiver os seguintes sintomas:

  • Espirros, às vezes acompanhados de nariz entupido.
  • Ardência nos olhos, nariz, palato, ouvido ou garganta.
  • Lacrimejamento.
  • Rinorreia líquida.
  • Tosse seca.
  • Conjuntivite.
  • Sons no peito, como se fossem apitos, e sensação opressiva ao respirar.
  • Erupções cutâneas e urticária.

Controle da alergia: prevenção

O tratamento da alergia a cavalos deve ser orientado para três áreas: prevenção, controle dos sintomas e tratamento das causas. Uma vez que o diagnóstico do problema tiver sido confirmado, o mais importante é evitar o contato entre o paciente e o animal.

alergia a cavalos

Essa medida preventiva implica algumas dificuldades. A mais significativa delas é que a caspa do animal pode continuar impregnada em vários elementos do ambiente, tais como roupas, móveis, etc. A caspa do cavalo pode permanecer sobre diferentes objetos durante um período de seis meses a um ano.

Além disso, muitas pessoas estão expostas ao contato indireto. Isso ocorre quando alguém tem contato com os cavalos e depois com o paciente. Ou quando alguém que esteve perto de um cavalo toca objetos aos quais o paciente também terá acesso. Portanto, é necessário ficar muito atento a isso.

Tratamento médico

O médico geralmente vai iniciar um tratamento, tanto para moderar a presença de sintomas quanto para atacar a causa do problema. Normalmenteé prescrito um tratamento de imunoterapia, que inclui vacinas contendo o epitélio do cavalo que, geralmente, são aplicadas durante um período de cinco anos.

Na alergia a cavalos, assim como em qualquer outro tipo de alergia, existe o risco de choque anafilático. Essa é uma reação alérgica extrema e constitui uma emergência médica, que deve ser tratada imediatamente com corticosteroides e epinefrina.

Entretanto, vários estudos mostraram que a pelagem dos cavalos com pelos encaracolados não possui a proteína que causa alergias em humanos. Tudo indica que uma pessoa alérgica pode conviver com eles sem problemas. Essa informação se aplica particularmente à raça Bashkir Curly, de origem russa.


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  • De la Vega, W. S., & de la Vega, E. S. (2007). De la alergia clínica a la alergia molecular: Concisa historia de cien años. ARCHIVOS DE ALERGIA E INMUNOLOGÍA CLÍNICA, 38(3), 91-106.

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