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A mariposa Dryocampa rubicunda: habitat, características e reprodução

4 minutos
Esta mariposa vai deixar você sem palavras. Venha conhecer este lepidóptero dos bordos americanos.
A mariposa Dryocampa rubicunda: habitat, características e reprodução
Sara González Juárez

Escrito e verificado por a psicóloga Sara González Juárez

Última atualização: 08 fevereiro, 2023

Esta mariposa, embora um pouco demonizada no seu local de origem, tem cores que despertam a curiosidade (e até ternura) de qualquer pessoa. É a mariposa Dryocampa rubicunda, que deslumbra com suas cores e seu corpo peludo.

Aqui você poderá conhecê-la um pouco mais a fundo graças a este dossiê sobre a sua biologia. Não perca nada, porque até os menores animais são capazes de guardar segredos surpreendentes, especialmente aqueles que são estudados como pragas e não como mais um membro do seu ambiente. Vamos lá!

Taxonomia e características

A mariposa de nome científico Dryocampa rubicunda é um artrópode pertence à família Saturnidae e ao gênero Dryocampa, que inclui 6 espécies no total. A que nos interessa, porém, é a mais colorida desse grupo taxonômico e, portanto, a mais conhecida.

Embora a imagem mais conhecida desta mariposa seja a de um adulto em tons de amarelo e rosa, a verdade é que a sua coloração é muito variável, indo do branco com manchas amarelas ao rosa escuro e muito mais. Seu corpo lanoso e suas antenas são geralmente de um rosa profundo.

Existe dimorfismo sexual, pois os machos possuem asas mais estreitas e angulosas que as fêmeas. Suas antenas também são bipectinadas enquanto as das fêmeas são simples. Elas, por outro lado, são maiores, chegando a 50 milímetros de comprimento em comparação com os 44 milímetros alcançados pelos machos.

Habitat da mariposa Dryocampa rubicunda

Essas mariposas são nativas da América do Norte e do sul do Canadá. Geralmente são encontrados em florestas caducifólias, especialmente aquelas em que existem bordos de várias espécies: vermelho (Acer rubrum), bordo-açucareiro  (Acer saccharum), prata (Acer saccharinum), negundo (Acer negundo) e Quercus laevis.

As mariposas Dryocampa rubicunda também foram encontradas em áreas suburbanas, onde a poluição do ar é menor.

Alimentação

As mariposas adultas não se alimentam, pois é uma fase dedicada especificamente à reprodução. Já as larvas são vorazes e capazes de consumir a árvore que as hospeda. Portanto, são folívoras, então é fácil vê-las comendo as folhas inteiras e até os galhos.

Comportamento da Mariposa Dryocampa rubicunda

Estas mariposas são noturnas e principalmente solitárias, pois apenas durante a época de reprodução se reúnem para encontrar um parceiro. Elas costumam voar durante o primeiro terço da noite, momento em que as fêmeas emitem feromônios para atrair os machos.

Embora se pensasse que as larvas eram gregárias, a verdade é que só se alimentam juntas nas fases iniciais do seu desenvolvimento. Mais tarde, gradualmente, elas se tornam animais solitárias. Quando se preparam para pupar, momento em que chega o inverno, elas se enterram em buracos rasos até a primavera.

A principal forma de comunicação do dessa mariposa é através do olfato e do tato, pois ela não tem visão muito aguçada (contudo, percebe comprimentos de onda ultravioleta). As antenas, palpos e pernas são onde se encontram os receptores mais sensoriais.

Graças às suas antenas em forma de pena, elas sentem a direção do vento enquanto voam e são capazes de redirecionar seu curso.

Reprodução

O ciclo de vida da mariposa Dryocampa rubicunda começa com o ovo que a fêmea deposita no interior das folhas do bordo. Após 2 semanas nascem as lagartas, que se agruparão para se alimentar até fazerem a terceira muda, momento em que assumem hábitos mais solitários.

Elas se enterram para realizar sua metamorfose. Então, de maio a julho, os adultos emergem e se preparam para se reproduzir. Embora não se saiba muito sobre o comportamento de acasalamento, sabe-se que a fertilização é interna e ocorre após o anoitecer. Na noite seguinte, as fêmeas põem ovos, em grupos de 10 a 30, até atingirem um total de 150-200.

Seu sistema de acasalamento é poligínico, ou seja, machos e fêmeas acasalam com indivíduos diferentes durante a noite.

As larvas eclodirão 2 semanas depois, reiniciando o ciclo. No total, essas mariposas têm uma expectativa de vida que oscila entre 2 e 9 meses, dependendo de quando se enterram para pupar.

A complicada relação com os humanos

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Dryocampa corado.

Os insetos são de longe os animais mais negligenciados pela nossa espécie. Embora os mais coloridos nos atraiam e sejam admirados (como é o caso da mariposa Dryocampa rubicunda), seus estágios larvais não despertam tanta simpatia. Isso se deve ao impacto que as lagartas têm nas plantações de bordo, pois uma única geração pode desfolhar completamente uma árvore.

Portanto, ainda há necessidade de investigar e descobrir uma maneira de afastá-las desses locais sem matá-las, pois as lagartas e mariposas dessa espécie continuam sendo um elo importante em seus ecossistemas. Vamos cuidar de todos, até dos menores seres.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Pickering, J. (2016). Why fly now? Pupa banks, aposematism, and other factors that may explain observed moth flight activity. S. Lep. News38(1), 67-72.
  • Allen, D. C. (1976). Biology of the green-striped mapleworm, Dryocampa rubicunda (Lepidoptera: Saturniidae) in the northeastern United States. Annals of the Entomological Society of America69(5), 857-862.
  • Dryocampa rubicunda (rosy maple moth). (s. f.). Animal Diversity Web. https://animaldiversity.org/accounts/Dryocampa_rubicunda/

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