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Você sabe o que é a etologia canina?

3 minutos
A etologia canina pode ser a chave de uma convivência de sucesso entre cachorros e humanos.
Você sabe o que é a etologia canina?
Paloma de los Milagros

Escrito e verificado por a bióloga Paloma de los Milagros

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Saber se um cão tem um comportamento “normal” ou, pelo contrário, precisa da atenção de um adestrador, é uma dúvida comum com a qual a etologia canina pode lidar.

A etologia canina como especialidade

A etologia é a disciplina que tem como objeto de estudo o comportamento animal. Embora o interesse do ser humano de entender tal conduta remonte a milhares de anos atrás, somente na segunda metade do século XX a etologia se consolidou como ciência.

A especialidade da etologia direcionada tanto à descrição quanto à explicação do comportamento dos cachorros é conhecida como etologia canina.

O conhecimento desta matéria pode ser muito útil em âmbitos gerais, como a educação dos cachorros domésticos, ou mais especializados, como o adestramento dos cães-guia ou dos cachorros policiais.

Observação

Como traço principal da metodologia etológica, destaca-se a observação do animal, preferivelmente no seu ambiente natural.

Assim, as origens da etologia canina focaram o estudo da conduta dos lobos, não apenas pelo interesse que essa espécie sempre gerou no homem, mas também por tentar extrapolar o comportamento dela para o comportamento adotado pelos cães.

Atualmente, foi estabelecido que, apesar das aparentes semelhanças – sobretudo físicas – que o lobo e o cachorro podem ter, estas são duas espécies diferentes (Canis lupus e Canis familiaris respectivamente). Isso se evidencia, entre outras coisas, no seu comportamento.

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Dessa forma, os lobos se caracterizam pela sua natureza caçadora e selvagem, não acostumada à convivência com os humanos nem a permanecer em espaços fechados, traços totalmente opostos aos dos cachorros domésticos.

Para entender o comportamento do cachorro, a etologia canina analisa como ele age no seu ambiente natural, ou seja, na sociedade humana. No entanto, ainda que os especialistas tenham feito muitas observações, continua sendo complicado categorizar quais condutas são “normais”.

Isso pode explicar os possíveis conflitos entre os adestradores e os donos na hora de justificar ou não um “mau comportamento”.

Entre os atos caninos mais comuns, deixando de lado o conhecido movimento do rabo para expressar felicidade, se sobressaem a marcação de território, principalmente entre os machos por meio da urina, e o enterramento das fezes e de objetos com um certo interesse para eles, como comida e brinquedos.

Além disso, eles se caracterizam por serem espontâneos e fiéis aos seus donos, a quem defendem e respeitam.

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A etologia canina no âmbito doméstico

Além desses padrões de conduta canina estabelecidos como “normais” e cientificamente classificados no denominado Etograma dos cachorros, devemos levar em conta que, dependendo da raça analisada, podem predominar alguns comportamentos em detrimento de outros.

Dessa forma, na hora de adotar um cachorro, é essencial saber a “finalidade” que ele vai ter na nossa vida, não apenas distinguindo entre cão de companhia ou de caça, mas também avaliando melhor o público com o qual ele vai interagir.

Os cachorros, em geral, são sociáveis e dóceis, mas a etologia canina verificou que há raças mais inclinadas a serem afáveis com o ser humano do que outras, estas últimas normalmente categorizadas como “raças perigosas”.

A documentação prévia sobre o caráter geral das diferentes raças, e sobre como educar corretamente os nossos animais de estimação nas primeiras etapas de seu desenvolvimento, pode ser a chave do sucesso na futura convivência.

Ainda assim, é aconselhável que todo comportamento que o dono considere “anormal” seja analisado por um adestrador ou um veterinário especializado em etologia.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.