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Oito rinocerontes morrem em transferência para reserva

3 minutos
Infelizmente, oito rinocerontes de uma espécie ameaçada de extinção morreram recentemente durante sua transferência para uma reserva.
Oito rinocerontes morrem em transferência para reserva
Eugenio Fernández Suárez

Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez

Última atualização: 22 dezembro, 2022

Embora seja verdade que as reintroduções de espécies na natureza são as últimas opções para salvar animais em perigo de extinção, elas também envolvem riscos que podem levar à morte dos animais.

Há poucos dias, foi noticiado que oito rinocerontes morreram quando foram transferidos para uma reserva natural para sua proteção. A espécie é o rinoceronte negro, em grave perigo de extinção.

Oito rinocerontes morreram sendo transferidos

Às vezes, quando são feitos esforços para salvar animais, essas coisas podem acontecer. Infelizmente, essa tragédia ocorreu no sul do Quênia e os rinocerontes morreram duas semanas após o transporte.

Os falecidos rinocerontes pretos faziam parte de um grupo de 14 animais, retirados dos parques nacionais do lago Nakuru e de Nairobi, a leste de Tsavo.

De acordo com o Ministério do Turismo do Quênia, os rinocerontes morreram depois de ingerirem água salgada.

Dessa forma, a causa foi o contato com o elemento ao qual não estavam acostumados em seu antigo habitat.

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Os perigos da reintrodução de animais

Normalmente, a reintrodução de animais selvagens pode apresentar riscos. No entanto, geralmente, essa é uma das últimas opções para salvar animais da extinção. 

Por exemplo, a sedação desses animais é complicada. Além disso, não é incomum que a anestesia seja perigosa em animais que nunca passaram por esse tipo de procedimento.

Rinocerontes na África

O plano de transferência foi endossado pelo World Wildlife Fund (WWF) e teve como objetivo estabelecer um núcleo reprodutivo no santuário de Tsavo.

Entretanto, muitos estão se perguntando se houve negligência no transporte desses animais. Dessa forma, a responsabilidade pelo ato está sendo cobrada pela comunidade.

No Quênia, há uma população de aproximadamente 750 rinocerontes negros, além de 500 rinocerontes brancos.

Além disso, lá é também o lar do último rinoceronte branco fêmea do norte, já que o último rinoceronte branco do norte macho morreu no início deste ano.

As ameaças dos rinocerontes

Nos anos 80, apenas 400 rinocerontes viviam no Quênia, um dos país que mais se esforçava em proteger esses animais.

No entanto, em outras regiões da África eles estão desaparecendo por serem um dos animais ameaçados pela medicina oriental.

Essa é uma das principais ameaças para todas as espécies de rinoceronte. Na China, se acredita que seu chifre de queratina possui qualidades milagrosas. 

Entretanto, esse material é o mesmo de que nossas unhas ou cabelos são formados. Por isso, não tem realmente uma capacidade milagrosa.

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O chifre desses animais também é usado no Oriente Médio para fazer punhais cerimoniais. Então, ambas as ameaças vêm de países onde não há rinocerontes, o que é impressionante e muito triste.

Conheça o rinoceronte negro

Quando dizemos que oito rinocerontes morreram sendo transferidos, lembramos que nos referimos apenas às espécies conhecidas como rinoceronte negro, menor e mais escuro que o branco.

Este animal já desapareceu de muitos países, como Moçambique, devido à caça ilegal, e atualmente é considerado em perigo crítico de extinção, a última categoria antes da extinção total na natureza.

Uma das grandes diferenças entre rinoceronte negro e o rinoceronte branco mais conhecido é o lábio superior, que tem um bico preênsil.

Ele é especializado em vasculhar arbustos, enquanto que o rinoceronte branco consome gramíneas.

A variedade ocidental, já extinta, nos lembra que o fato de esses rinocerontes terem morrido não deve ser ignorado.

Dessa forma, devemos nos lembrar que cada indivíduo conta, pois a espécie corre o risco de desaparecer em breve.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.