Olinguito, uma nova espécie de mamífero

A descoberta do olinguito nas florestas andinas do Equador foi um feito extraordinário do Instituto Smithsonian. Ele foi descrito como "um cruzamento entre um gato doméstico e um ursinho de pelúcia".
Olinguito, uma nova espécie de mamífero

Última atualização: 09 novembro, 2019

O olinguito é uma espécie descoberta há poucos anos por cientistas do Instituto Smithsonian nas florestas andinas do Equador. Esta espécie está presente em museus e zoológicos há décadas, mas não havia sido identificada corretamente.

Também conhecido como cuataquil, ele é um membro do gênero animal Olingo e um parente próximo dos guaxinins e quatis.

Os cientistas se propuseram a estudar minuciosamente as diversas espécies de olingos e descobriram características que o diferem acentuadamente de outros olingos, incluindo um crânio menor e pelos mais longos.

A partir disso, a equipe foi para o Equador com o objetivo de descobrir se essa espécie recém-catalogada ainda estava presente na natureza. De fato, conseguiram encontrar grupos de olinguitos vivendo nas altitudes dos Andes. Mesmo assim, ainda há muitas perguntas sobre esse belo animal.

Morfologia, comportamento e habitat do olinguito

O mamífero mais adorável dos últimos tempos é um animal magro que pode medir entre 35 e 50 centímetros de comprimento. O seu rabo tem pelos longos, levemente encaracolados e que lhe conferem 45 centímetros adicionais.

Tem uma pelagem macia e de cor marrom acinzentada. O focinho é pontudo e as orelhas arredondadas e eles podem pesar 900 gramas, em média.

Os olinguitos vivem nas florestas do Equador e da Colômbia e gostam de morar em altitudes entre 1.530 e 2.740 metros.

Não é considerada uma espécie em risco de extinção. No entanto, estima-se que o seu habitat tenha sido desmatado em mais de 40%, o que afeta a expectativa de vida dessa espécie.

O olinguito
Fonte: commons.wikimedia.org

Este é um animal arborícola que apresenta grandes habilidades para se deslocar saltando de galho em galho. Ele tem hábitos noturnos, é carnívoro e acredita-se que seja uma espécie solitária. Durante a expedição, nunca foi observado mais de um exemplar.

Uma grande descoberta

A descoberta dessa linhagem foi anunciada em agosto de 2013, depois que curadores de museus especializados em ciências identificaram diferenças marcantes entre os espécimes preservados. Eles usaram testes de DNA para tirar as dúvidas e, assim, conseguiram determinar a nova espécie.

É a primeira vez em 35 anos que uma nova espécie de mamífero carnívoro é descoberta na América. Os olinguitos foram exibidos ao público durante décadas sem serem reconhecidos como uma espécie nova e diferente.

Os animais já haviam sido confundidos com os olingos, uma linhagem semelhante da qual são parentes.

Essa descoberta mostra que o mundo ainda não foi totalmente explorado. Os seus mais básicos segredos ainda são desconhecidos e ainda há muito para estudar e investigar. Isso foi afirmado pelos cientistas que apontam que eventos como esse não acontecem da noite para o dia.

O caso do olinguito levou cerca de 10 anos e não era o objetivo original do estudo realizado na época.

Habitat do olinguito
Fonte: commons.wikimedia.org

A pesquisa inicial consistia na realização de um estudo exaustivo sobre os olingos que vivem em árvores, para entender quantas espécies de olingo deveriam ser reconhecidas e como essas espécies estavam distribuídas.

Surpreendentemente, uma observação mais detalhada revelou a existência de uma espécie não descrita anteriormente.

Ainda há muito para investigar

As informações obtidas até o momento são o resultado de um esforço conjunto entre pesquisadores do Instituto Smithsonian, profissionais do Equador e contribuições de moradores de locais próximos à área onde o animal vive.

No entanto, várias expedições estão sendo planejadas para avaliar de perto outras características do seu comportamento.

Para isso, serão feitas viagens à Colômbia e ao Equador. Lá, espera-se coletar dados que permitam que os conhecimentos sobre esta espécie sejam expandidos. Também há contatos com pesquisadores de ambos os países, que têm a tarefa de aprofundar os estudos sobre o mamífero.

O esforço aplicado a essas pesquisas permitiu um avanço no reconhecimento da espécie. As colaborações voluntárias dos moradores consistem em vídeos e fotografias do animal. Isso permitiu que mais detalhes sobre esse interessante espécime da natureza fossem descobertos.


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