Otariídeos: alimentação e características

Descubra as características dos otariídeos, grandes animais com uma enorme agilidade subaquática.
Otariídeos: alimentação e características

Última atualização: 20 fevereiro, 2020

Os otariídeos são uma família de mamíferos aquáticos carnívoros que, assim como as focas, são pinípedes. Também conhecida como otárias, a família dos otariídeos é subdividida em duas grandes categorias.

A primeira subfamília é a o tariinae, também conhecidos como leões-marinhos. A segunda subfamília é a arctocephalinae, que inclui os lobos-marinhos. Embora a diferença entre as duas subfamílias não seja filogenética, a distinção é mantida devido às claras diferenças morfológicas.

Todas as otárias apresentam dimorfismo sexual. Isso significa que há uma diferença óbvia na forma, tamanho ou cor entre machos e fêmeas que os diferencia uns dos outros.

Os machos são duas a quatro vezes maiores que as fêmeas. Além disso, a gama de cores dos machos é muito maior em comparação com as fêmeas.

Em geral, os otariídeos são animais menores que as focas comuns e são facilmente distinguíveis delas. Eles têm orelhas externas em forma de cones, além de caninos afiados semelhantes aos dos cães. Essas duas qualidades distinguem os otariídeos de outros pinípedes.

Otariídeos: alimentação e características

Em geral, as barbatanas de um otariídeo são pretas e podem ter pouco ou nenhum pelo. Diferentemente das focas, as barbatanas frontais dos otariídeos são direcionadas para a frente. Isso permite um movimento um pouco mais gracioso e muito mais rápido em terra firme.

Os otariídeos têm um pelo muito grosso. Na subfamília o tariinae, nas fêmeas esse pelo é marrom, enquanto os machos podem variar de branco a preto. Por outro lado, na subfamília arctocephalinae, as fêmeas geralmente são cinza com barrigas pálidas, e os machos brancos, avermelhados ou pretos.

Distribuição dos otariídeos

Os otariídeos estão distribuídos pelo mundo de acordo com os seus gêneros. Em geral, eles permanecem na parte sul do planeta, com poucos gêneros habitando acima do Equador.

Ao norte do Oceano Pacífico, existem quatro gêneros que coexistem na ilha de San Miguel, na Califórnia. Esses gêneros são o lobo-marinho-do-norte, o leão-marinho-de-steller, o leão-marinho-da-califórnia e o lobo-marinho-de-guadalupe.

No Equador, são encontrados os lobos-marinhos-de-galápagos, assim como os leões-marinhos-das-galápagos. Também na América Latina estão o leão-marinho-da-patagônia e o lobo-marinho-sul-americano.

Distribuição dos otariídeos

Ao sul do continente africano, encontramos o lobo-marinho-sul-africano, que também possui uma subespécie no lobo-marinho-australiano. A Austrália e a Nova Zelândia são habitats lotados de várias espécies de otariídeos, leões e lobos marinhos.

É claro que, além de todas essas espécies, temos os lobos-marinhos-antárticos. O lobo-marinho-antártico costuma ser encontrado exatamente no ponto em que o Oceano Índico e o Oceano Atlântico convergem.

Alimentação dos otariídeos

Os otariídeos, assim como as focas, são animais carnívoros. Os principais elementos da sua dieta são peixes, lulas e krill. Além desses elementos, consomem caranguejos, lagostas e camarões. Foi registrado que muitos otariídeos comem pinguins e até pequenos tubarões.

Um elemento curioso encontrado nos estômagos dos otariídeos são pequenas pedras. A razão para ingeri-las não foi determinada. No entanto, os pesquisadores acreditam que os animais as consomem para sentir saciedade em períodos em que a comida é escassa.

Os otariídeos devem consumir cerca de 7% do seu peso corporal em alimentos todos os dias. No entanto, a espécie sofreu muito por alguns anos.

Devido ao aquecimento global e à pesca indiscriminada, o número de espécies nos oceanos diminuiu consideravelmente. Por esse motivo, eles tiveram que consumir uma quantidade menor de alimentos.

Alimentação dos otariídeos

Reprodução

Os otariídeos são mamíferos e, portanto, sua reprodução é sexual. Em geral, se encontram em praias rochosas para se reproduzir. Ao contrário de outros animais, na família dos otariídeos os machos se reproduzem com várias fêmeas durante o mesmo período.

Embora sejam animais sociais e vivam em comunidades, eles não têm um sistema social bem organizado. Durante a época de reprodução, os machos competem pelas fêmeas e até lutam por elas. Durante o período de acasalamento, os otariídeos interrompem a alimentação para se concentrar apenas na reprodução.

A gestação dura aproximadamente um ano, momento em que as fêmeas dão à luz um único filhote. Após o nascimento da prole, as mães formam unidades de criação.

As unidades de criação são um sistema de cuidado comunitário dos filhotes. As fêmeas cuidam dos seus filhote da mesma maneira que cuidam do filhote de outra fêmea. As obrigações de caça e alimentação se revezam entre as fêmeas da unidade de criação.

Ao mesmo tempo, os machos aos quais as fêmeas pertencem protegem ferozmente as unidades de criação até o desmame. Os filhotes pertencem às unidades de criação até os dois anos de idade, momento em que se tornam independentes. A essa altura, eles já são capazes de nadar sozinhos.


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  • Biblioteca Digital ILCE “El lobo marino” www.bibliotecadigital.ilce.edu.mx/Colecciones/index.php?clave=lobmarino&pag=3

  • Paragonia “Características y costumbres de los lobos marinos”www.patagoniaargentina.com/e/content/lobos_ marinos.php


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