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Plano de vacinação para filhotes: tudo o que você precisa de saber

5 minutos
Lembre-se de que se você pretende sair do país e levar o seu cão, deve verificar que tipo de vacinas necessita para poder viajar. Essas doses geralmente são adicionais ao calendário de vacinação do seu filhote, embora você deva sempre consultar o veterinário primeiro.
Plano de vacinação para filhotes: tudo o que você precisa de saber
Cesar Paul Gonzalez Gonzalez

Escrito e verificado por o biólogo Cesar Paul Gonzalez Gonzalez

Última atualização: 22 dezembro, 2022

A vacinação é um processo fundamental para manter a saúde dos filhotes, por isso é sempre bom conhecer a fundo seu plano geral. Isso possibilita evitar várias doenças mortais e obter proteção a longo prazo do animal de estimação. A partir de outra perspectiva, as vacinas são, na verdade, reforços do sistema imunológico que o tornam mais forte.

Embora os filhotes recebam os primeiros anticorpos de suas mães, eles não duram por toda a vida. Portanto, é necessário ter um esquema de vacinação que os proteja contra diversas patologias. Continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber sobre o plano de vacinação desses pequenos.

O que são as vacinas?

As vacinas são substâncias que estimulam a produção de anticorpos. Essas moléculas pertencem às primeiras defesas do sistema imunológico. Portanto, sem elas o corpo não seria capaz de lutar contra os patógenos. Assim, a vacinação permite que o metabolismo resista a várias “invasões” e responda eficientemente para eliminá-las.

Tipos de vacinas

Existem vários tipos de vacinas que produzem a imunidade do organismo através de diferentes mecanismos. Cada uma varia em eficácia, segurança, via de administração e duração, embora todas sejam perfeitas para gerar proteção para o filhote. Em geral, elas podem ser classificadas da seguinte forma:

  • Imunogênios ativos: são vacinas que contêm o mesmo agente patogênico que causa a doença, só que sua atividade é parcialmente reduzida ou “inativada”. Isso causa uma infecção muito leve que permite que o corpo construa imunidade.
  • Imunogênios inativados: nesse tipo de vacina também é utilizado o agente causal, mas completamente inativado (praticamente “morto”). Com isso, o sistema imunológico consegue reconhecer o patógeno sem ter que sofrer com a doença.
  • Vacinas de subunidades: para produzi-las, o agente patogênico é dividido em diferentes partes individuais, embora apenas as que geram imunidade sejam mantidas. Estes podem ser desde capsídeos até paredes celulares, tudo depende do tipo de doença.
  • Vacinas recombinantes: novas tecnologias genômicas permitem a produção artificial de certas seções do patógeno, que são injetadas na amostra para que o sistema imunológico as reconheça.
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O leite materno não protege os filhotes?

Os filhotes nascem sem um sistema imunológico pronto para defendê-los, por isso são muito suscetíveis durante os primeiros dias de vida. De fato, estima-se que a taxa de mortalidade de um recém-nascido seja em torno de 20%, mas mais de 75% das mortes ocorrem nas primeiras 3 semanas de vida.

A natureza desenvolveu diferentes mecanismos para evitar que os filhotes morram prematuramente. Um deles é o colostro que as mães produzem durante os dois dias seguintes ao parto. Esse “leite” é na verdade um líquido com grande quantidade de nutrientes e imunoglobulinas, que se tornam as primeiras moléculas de defesa do filhote.

O único problema é que a mãe só poderá proteger seus filhotes por alguns meses. Assim, é necessário começar a preparar o sistema imunitário dos pequenos para que possam se defender, o que se consegue através de um calendário de vacinação adequado.

Como é o plano de vacinação para um filhote?

O plano de vacinação para filhotes pode variar em cada país, pois é provável que certas patologias tenham maior ou menor incidência na área. Por esse motivo, é sempre melhor procurar um veterinário para saber quais são as vacinas necessárias para o seu animal de estimação. Como exemplo, o calendário geral do seu cão pode ser o seguinte:

  • 5-6 semanas de idade: primeira dose da vacina contra o parvovírus.
  • 8-10 semanas de vida: administração da chamada vacina polivalente que contém as primeiras doses específicas para combater a cinomose, adenovírus tipo 2, hepatite infecciosa C e leptospirose, e a segunda dose de parvovirose.
  • 11-13 semanas de vida: repete-se a vacina polivalente para a segunda dose de cinomose, adenovírus tipo 2, hepatite C infecciosa e leptospirose, e a terceira dose de parvovirose. A vacinação contra a raiva (essencial em alguns países) também pode ser administrada.
  • 14-16 semanas de idade: reforço da vacina polivalente para terceira dose de cinomose, adenovírus tipo 2 e hepatite C infecciosa e quarta dose de parvovirose.
  • Primeiro ano de idade: aplica-se mais um reforço da vacina polivalente e em alguns casos também uma dose para raiva.
  • Aplicação em caso de exposição (opcional): contra pneumonia por Bordetella bronchiseptica e parainfluenza, em dose única intranasal.
  • Aplicação anual: somente para raiva, leptospirose e vacinas opcionais.
  • A cada 3 anos: administração de reforço polivalente.

Quantas vezes devo vacinar meu filhote por ano?

No primeiro ano de vida você deve vacinar seu pet pelo menos 5 vezes, 4 vezes antes dos 6 meses e 1 vez quando ele completar 1 ano. Observe que essa recomendação pode variar dependendo da área em que você reside. Isso ocorre porque algumas vacinas, como a da raiva, podem ser administradas mais cedo, gerando visitas adicionais ao veterinário.

De qualquer forma, é melhor procurar um profissional de saúde animal para se informar completamente sobre o plano de vacinação dos filhotes. Alguns países possuem legislação que torna obrigatória a aplicação de vacinas adicionais, por isso é necessário estar informado sobre a situação.

Existe alguma indicação adicional?

Para vacinar seu animal de estimação, você não deve seguir nenhuma instrução adicional. Claro, tudo o que você precisa fazer é verificar se o animal está em excelente saúde antes de aplicar a vacina. Algumas patologias como o parasitismo podem reduzir a eficácia do processo de vacinação. Por isso, é melhor levar o animal a um veterinário antes para uma revisão geral.

Existem efeitos colaterais?

O plano de vacinação é essencial para a vida dos filhotes, pois permite evitar diversas patologias letais. No entanto, as vacinas não estão isentas de reações secundárias indesejáveis. Embora esses problemas sejam bastante raros, é necessário estar atento a eles por precaução. Entre os sintomas mais frequentes estão os seguintes:

  • Inchaço no local da injeção.
  • Perda de pelo no local da injeção.
  • Coceira no local da injeção.
  • Aparecimento de vergões.
  • Diarreia.
  • Vômito.
  • Convulsões (sinal de alerta).
  • Artrite.
  • Apatia.
  • Respiração ofegante (sinal de alerta).
  • Respiração forçada (sinal de alerta).
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Apesar dos efeitos colaterais que existem, o plano de vacinação pode significar a diferença entre a vida e a morte dos filhotes. Não deixe de vacinar seu pet só por medo. As reações adversas podem ser facilmente controladas, mas o mesmo não pode ser dito sobre as doenças para as quais as vacinas foram criadas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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