Ratão-do-banhado (Myocastor coypus): local de origem e alimentação

O ratão-do-banhado (Myocastor coypus) é um roedor grande e de natureza pacífica: descubra o que o torna tão interessante e onde ele está localizado atualmente
Ratão-do-banhado (Myocastor coypus): local de origem e alimentação

Última atualização: 27 julho, 2022

O ratão-do-banhado (Myocastor coypus) é um animal altamente sociável. Ele prefere permanecer em grupos familiares contendo de 2 a 12 membros. Os grupos são constituídos por um macho adulto e várias fêmeas com seus respectivos filhotes.

Esses roedores são animais semiaquáticos. Por esse motivo, suas habilidades de natação são altamente desenvolvidas. Um ratão-do-banhado pode ficar debaixo d’água durante mais de 10 minutos, em média.

O ratão-do-banhado é uma espécie com hábitos noturnos. Durante a noite, eles se dedicam a nadar, a se alimentar e à cataçãoAssim como outros roedores de grande porte, o ratão-do-banhado dedica bastante tempo à catação.

A catação e a alimentação ocorrem em plataformas especialmente projetadas para essas atividades. Essas plataformas são construídas coletivamente pelos grupos de ratão-do-banhado a partir da vegetação disponível.

No entanto, o Myocastor coypus  não mora nessas plataformas. Para descansar e se abrigar, o ratão-do-banhado prefere fazer tocas perto da água.

Essas tocas podem consistir em uma única câmara ou em várias delas, conectadas através de túneis. De acordo com vários especialistas, muitos desses túneis que conectam as câmaras entre si têm um comprimento de mais de 15 metros.

Myocastor coypus

Local de origem do ratão-do-banhado 

O ratão-do-banhado é um animal nativo da América do Sul. Atualmente, essa espécie é encontrada principalmente no sul da Bolívia e no Brasil, e ao norte da Terra do Fogo.

Durante o século XIX, o ratão-do-banhado foi levado para a Europa e a Ásia. O objetivo era criá-lo da mesma maneira que são criados arminhos e visons. Assim, sua pele seria comercializada em larga escala.

No entanto, esse animal é extremamente inteligente e conseguia escapar das fazendas constantemente. Devido a essas fugas em massa, existem comunidades selvagens que vivem na Europa, na Ásia e na América do Norte.

O ratão-do-banhado, assim como outros roedores de grande porte, prefere viver em climas quentes, porém frescos. Assim, o ratão-do-banhado vive próximo a corpos de água doce, tais como lagos e rios com pouca correnteza.

Eles preferem regiões com vegetação densa e abundante, embora não muito alta. Por causa de sua dieta herbívora, o ratão-do-banhado se mantém próximo à vegetação aquática.

Sua dieta consiste principalmente em raízes, caules e folhas de tamanho médio, como as samambaias, por exemplo. Às vezes, eles se alimentam de cascas e sempre preferem a vegetação aquática.

Myocastor coypus

Reprodução e comportamento

O ratão-do-banhado mantém um sistema reprodutivo poligâmico altamente complexo. Quando se acasalam, os casais se separam imediatamente depois e a fêmea passa para a proteção de outra família.

O período de gestação do ratão-do-banhado é de aproximadamente 130 dias. Após essa gestação, as fêmeas dão à luz a três até seis filhotes. Como não tem um período fixo de reprodução, o ratão-do-banhado pode acasalar durante o ano todo.

No caso dos filhotes, uma fêmea atinge a maturidade sexual aos três meses, enquanto os machos demoram cerca de 5 meses. Após esse período, eles são considerados adultos. 

O ratão-do-banhado é muito pacífico. Atualmente, sua população não está seriamente ameaçada. O ratão-do-banhado não é predado naturalmente de forma massiva e eles geralmente se mantêm em comunidades pequenas e pacíficas.

Infelizmente, tendo em vista que suas comunidades estão constantemente mudando de lugar e que eles se abrigam em tocas, juntamente com o fato de que são animais noturnos, os grupos de pesquisa ainda não conseguiram determinar o número aproximado da sua população.

Sabe-se que eles não estão em perigo de extinção, embora sua população esteja em declínioEssa redução ocorre principalmente por causa do desmatamento e da contaminação dos seus habitats naturais.


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