Risco de cortar cordas vocais de animais
Os latidos e miados podem ser muito irritantes, tanto para nós como para as pessoas que vivem nas proximidades, como os nossos vizinhos. Por essas razões, alguns decidem cortar cordas vocais de animais de estimação, mas que mal pode causar essa prática?
Por que não cortar cordas vocais de animais de estimação?
Muitos acreditam que, porque os animais não têm a capacidade de falar, eles não precisam das cordas vocais.
Afinal, só emitem sons como latidos e miados que, quando são excessivos, podem ser realmente desconfortáveis.
O que se esquecem é que os sons que os animais emitem são uma forma de comunicação. Digamos que é a única maneira de eles “falarem”.
Infelizmente, muitos juízes decidiram em favor dos vizinhos, que reclamaram de latidos constantes, com a sentença de cortar cordas vocais de animais de estimação.
Um caso real
Este é o caso de Karen Szewc e John Updegraff, pecuaristas que utilizam mastins tibetanos para cuidar do rebanhos.
Eles adotaram alguns desses cães para criá-los e têm vários espécimes para protegerem suas ovelhas. Esses animais ajudam na produção que mantém a renda dessa família.
Como esses cães viviam ao ar livre e sem restrições, seus latidos começaram a se tornar mais frequentes e intensos.
Foi, então, que os vizinhos, Debra e Dale Kerin, entraram com uma ação contra a família e os animais.
Este casal conseguiu o apoio do condado em que viviam. Afirmaram que os ruídos emitidos pelos mastins violavam as normas de urbanização.
Além disso, relataram a ameaça de continuação da perturbação com mais intensidade, já que seus donos estavam “criando” mais filhotes.
Entretanto, Szewc recorreu das denúncias, com o argumento que seus cães eram seus empregados que asseguravam a subsistência da família.
As denúncias seguiram o seu curso, pois as queixas contras os latidos dos animais continuavam a chegar.
Os vizinhos disseram que o casal que possuía os cachorros apenas deu argumentos, mas não fez nada para resolver o problema.
O caso terminou com uma multa de US$ 238 mil, que teve que ser paga ao casal considerado “vítima” do barulho. Além disso, foi decretada a eliminação das cordas vocais dos animais.
E as leis sobre abuso animal?
As pessoas que amam os animais se perguntam como a lei poderia cuidar desses cães e do bem público.
Segundo Szecwc, se não pudessem contar com a ajuda dos cães para cuidar do seu gado, ele teria que comprar uma arma. Isso poderia trazer riscos à sua família.
Em 2014, a Federação de Cinofilia Mexicana apresentou uma proposta de nova iniciativa ao Congresso. Nela, solicita-se que as cordas dos animais sejam cortadas para que os animais não incomodem.
Como esperado, essa iniciativa criou um alvoroço absoluto na internet. Muitos afirmaram que isso era nada mais do que uma forma de abuso de animais.
Segundo esse raciocínio, é impensável que um juiz ou qualquer outro homem da lei possa permitir uma atrocidade de tal calibre.
Até agora, não foram alcançados grandes resultados nessa luta. De fato, muitos juízes emitiram julgamentos semelhantes ao caso que vimos anteriormente.
Mas as associações de proteção animal, além de outros organismos que cuidam do bem dos animais, ainda lutam para que isso mude um dia.
Danos de cortar cordas vocais de animais de estimação
A verdade é que essas operações nem deveriam existir, porque criam muitos prejuízos aos nossos animais de estimação.
Devemos pensar que tudo em nosso corpo, assim como em nossos animais de estimação, tem uma função. Portanto, eliminar qualquer de suas partes nada mais é do que uma amputação. Isso é algo que os representantes da lei devem entender.
Estes são os danos produzidos ao cortar cordas vocais dos animais de estimação:
- Depressão, por causa da incapacidade de se comunicar.
- Possíveis infecções pós-operatórias.
- Cães temerosos e nervosos porque, não tendo como latir para se defender, serão intimidados pelos outros.
- Comportamento agressivo porque, não tendo outra maneira de chamar sua atenção, eles o farão com mordidas.
- Animais de estimação traumatizados. Por ser uma cirurgia desnecessária, o animal ficará traumatizado, até deprimido e, no mínimo, com ansiedade.
Esperamos que, em breve, os que amam os animais consigam uma vitória em casos como esses. Atualmente, o melhor é aprender a controlar o latido dos nossos animais de estimação para não chegarmos a esse tipo de situação.
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