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O sistema digestivo dos gatos

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O sistema digestivo é constituído por diferentes órgãos do corpo – boca, estômago, intestino, entre outros – que permitem ao animal realizar a digestão, a fim de obter energia a partir dos alimentos e desempenhar as suas funções vitais.
O sistema digestivo dos gatos
Última atualização: 21 outubro, 2019

O corpo dos gatos é constituído por diferentes sistemas, como o sistema digestivo, por exemplo, que trabalha em conjunto com os outros órgãos dos outros sistemas. Assim, o corpo pode permanecer saudável e desempenhar as suas funções vitais.

O que é o sistema digestivo?

O sistema digestivo é formado por todos os órgãos do corpo que são responsáveis ​​por processar e decompor os alimentos e os líquidos. Então, o corpo usará essas substâncias como fonte de energia, para o crescimento ou para a reparação de tecidos.

As substâncias que não são processadas se transformam em resíduos. Uma vez que eles não podem ser aproveitados pelo corpo, os resíduos são eliminados através dos movimentos intestinais.

Componentes do sistema digestivo dos gatos

O sistema digestivo é composto pelos seguintes elementos:

  • Boca.
  • Faringe (garganta).
  • Esôfago.
  • Estômago.
  • Intestino delgado.
  • Intestino grosso.
  • Reto.
  • Ânus.
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O sistema digestivo também inclui as glândulas salivares, a vesícula biliar e o pâncreas. A sua função é a de produzir enzimas e sucos digestivos que facilitem a absorção de nutrientes e líquidos.

Funcionamento do sistema digestivo

A principal função do sistema digestivo é a de degradar os componentes dos alimentos ingeridos para obter e assimilar os seus nutrientes. O processo de digestão começa na boca, com a excreção da saliva.

Nela, as enzimas salivares são produzidas por quatro tipos de glândulas que os cães e gatos possuem. A função da saliva é a de umedecer os alimentos para facilitar a sua passagem. A enzima alfa-amilase, que inicia o processo de decomposição, não está presente nem em cães nem em gatos.

Deglutição

Uma vez formado o bolo alimentar, ele se move para a laringe, onde ocorrem as contrações faríngeas. Elas permitem o deslocamento do bolo.

A epiglote bloqueia a traqueia e impede que os alimentos passem para os pulmões, enquanto o movimento de contração continua no esôfago.

Se o primeiro movimento peristáltico não conseguir impulsionar os alimentos e líquidos para o estômago, ocorre um segundo movimento. Nos gatos, a velocidade de deglutição dos líquidos é de um a dois centímetros por segundo.

Por isso, ao administrar comprimidos por via oral sem água, deve-se tomar cuidado. Caso contrário, os comprimidos tendem a permanecer no esôfago e o gato pode desenvolver esofagite.

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Estômago

O estômago está localizado no lado esquerdo do corpo e é dividido em cinco partes. A sua principal função é a de secretar ácido clorídrico e pepsinogênio que, juntamente com as enzimas, facilitam a digestão dos alimentos.

As enzimas digestivas mais importantes são a pepsina e a lipase. A pepsina age quando o pH é de 2,0 e ‘corta’ as proteínas em unidades menores, chamadas peptídeos.

A pepsina digere melhor as proteínas da carne do que as de origem vegetal. Por esse motivo, a pepsina é mais importante em cães do que em gatos, pois os cães geralmente comem uma maior quantidade de carne.

Por sua vez, a lipase gástrica é uma enzima responsável pela quebra dos ácidos graxos de cadeia longa. A sua função é menos importante do que a da lipase pancreática.

Os gatos comem menos comida do que os cães, mas com uma maior frequência ao longo do dia. Por outro lado, os cães comem grandes quantidades de comida.

Intestino delgado e pâncreas

O intestino delgado do gato tem um comprimento de 1,3 metro e é dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo. Nele, ocorre a maior parte da digestão enzimática dos alimentos que, nos gatos, dura entre duas e três horas.

A superfície do intestino delgado tem diferentes modificações que permitem a expansão da sua área de absorção. Um exemplo são as microvilosidades da superfície luminal.

Possui enzimas que permitem a digestão de dissacarídeos, oligossacarídeos e pequenos peptídeos. Além disso, existem proteínas que transportam substâncias importantes, tais como cálcio ou ferro.

A camada mucosa do intestino atua como um manto protetor contra patógenos. No entanto, ela pode ficar atrofiada por causa do uso de alguns medicamentos ou pela falta de vitamina B12 (cobalamina) ou de folatos.

O pâncreas secreta enzimas essenciais para a degradação de carboidratos, proteínas e lipídios. Ele geralmente secreta precursores inativos dessas enzimas, como a tripsina, que são ativadas e atuam no intestino delgado.

Intestino grosso

O intestino grosso é constituído pelo cólon, pelo ceco e pelo reto; em um gato adulto, ele tem um comprimento de 0,4 metro. Sua principal função é a absorção de eletrólitos e água.

Além disso, cabe destacar que ele é responsável pela fermentação dos nutrientes não absorvidos. Por isso, o trânsito ao longo do intestino grosso é mais lento.

O último passo do sistema digestivo é a eliminação de todos os resíduos que não podem ser aproveitados ​​pelo organismo.

Curiosidades sobre o sistema digestivo dos gatos

As enzimas das microvilosidades são afetadas por diferentes fatores, tais como idade, dieta e diferentes doenças. Um exemplo é a diminuição da lactase.

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A lactase é uma enzima que digere a lactose, um dissacarídeo do leite. Com a diminuição dessa enzima, os indivíduos adultos podem não tolerar o leite da mesma forma que os filhotes.

Outra circunstância que causa desarranjo intestinal é uma mudança na dieta, já que as enzimas levam cerca de dois dias para se adaptar a essa mudança.

Por isso, é possível que haja um aumento na quantidade de carboidratos não digeridos. Isso pode levar à enterite e se manifestar como diarreia no animal.

Cuidando bem da alimentação do seu gato, o seu sistema digestivo vai funcionar corretamente e, assim, ele ficará feliz e saudável.


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