Tamanduá: características e comportamento
Este animal, conhecido por seu longo focinho e língua pegajosa, vive na América do Sul e na América Central. Sua principal fonte de alimentação são as formigas, que capturam de maneira muito eficiente. Neste artigo, contaremos tudo sobre o tamanduá.
Características e alimentação do tamanduá
Pertence à família dos mamíferos placentários, tem um corpo robusto, pode pesar 40 quilos e medir 130 centímetros. Sua pelagem varia entre diferentes tons de cinza, preto e bege.
Suas patas dianteiras são longas e têm unhas fortes e curvas, que o permitem subir em árvores e caminhar entre a vegetação.
A cabeça do tamanduá é pequena em comparação com o corpo e seu focinho longo abriga uma língua de até 60 centímetros de comprimento. Ele não têm dentes, mas contam com um grande olfato, o que lhes permite encontrar comida.
A dieta desse animal é constituída por cupins e formigas: é um mirmecófago.
Sua técnica para obter comida é muito eficaz. Primeiro, rompe o formigueiro ou cupinzeiro com suas unhas, em seguida, introduz seu focinho e puxa com sua língua viscosa os insetos que lá se encontram.
Habitat e comportamento do tamanduá
O tamanduá vive em bosques, florestas, pastos, montanhas ou savanas… Qualquer lugar onde há formigas ou cupins! É um mamífero passivo, pacífico e calmo, que só ataca para se defender, quando necessário.
Por outro lado, seus principais predadores são jaguares, pumas e lobos. Sua técnica é “abraçar” o atacante e cravar as garras com força, a fim de dissuadi-lo.
É um animal com hábitos solitários; só se junta a outro durante o período de acasalamento ou durante o tempo em que o filhote permanece ao lado de sua mãe.
As fêmeas têm apenas um filhote por ninhada, após 190 dias de gestação. Desde o momento do nascimento, o bebê é carregado nas costas de sua mãe. O pequeno se agarra nas costas da mãe com suas garras e se camufla na pelagem materna.
Espécies de tamanduás
Embora as características gerais sejam as mesmas entre todos os tamanduás, podemos destacar quatro espécies, devido à sua localização ou tamanho:
-
Tamanduá-bandeira
É o maior insetívoro do mundo, tem hábitos diurnos e à noite regressa à sua toca para se proteger do frio. Ele usa o nariz para encontrar a comida e, uma vez encontrada, usa suas poderosas garras.
Move-se com grande velocidade, apesar de seu tamanho, e come com apetite voraz. Introduz sua língua até 150 vezes por minuto em um formigueiro. Sua técnica é muito eficaz e necessária para evitar que as formigas o mordam. Ao contrário de outras espécies, o tamanduá-bandeira não tem cauda preensil.
-
Tamanduá anão
Ele também é conhecido como tamanduá pigmeu e é o mais difícil de se encontrar, por causa de sua timidez e cautela para caminhar entre as árvores, de onde quase nunca desce. Sua pelagem é bege, também se alimenta de larvas (além de formigas) e não é muito ativo. Sua cauda preensil permite que ele se pendure de cabeça para baixo nos galhos e obtenha comida graças à sua longa língua.
-
Tamanduá mexicano
Esse tamanduá passa a maior parte de sua vida entre as árvores das florestas, mangues e savanas. Rompe os cupinzeiros e formigueiros do chão e troncos e desliza sua língua entre eles para obter comida.
-
Tamanduá mirim
É também chamado de “tamanduá de colete” porque tem uma franja de pelos mais clara ao redor do pescoço. Pode viver nas selvas, savanas e florestas, desde que exista água fresca nas proximidades.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Aguiar, L. M. S., & Petrazzini, P. B. (2021). You say goodbye, and I say hello: the giant anteater (Myrmecophaga tridactyla) activity pattern in response to temperature and human presence. Mastozoología Neotropical, 28(1), 469. https://www.redalyc.org/journal/457/45768739005/
- Allard, S. M., Earles, J. L., & DesFosses, L. (2014). Spatial memory in captive giant anteaters. Animal Behaviour and Cognition, 1, 331-340. https://doaj.org/article/e1d9a939e52b470cbed0f9196fab2834
- Buitrago, X. N., Pacheco, R. M., & Bolaño, C. R. (2019). Fisiología y hematología de osos hormigueros gigantes en cautiverio (Myrmecophaga tridactyla. Linnaeus, 1758), en Colombia. Revista Sistemas de Producción Agroecológicos, 10(1), 48-66. https://revistas.unillanos.edu.co/index.php/sistemasagroecologicos/article/view/724
- Gallo, J. A., Abba, A. M., Elizalde, L., Di Nucci, D., Ríos, T. A., & Ezquiaga, M. C. (2017). First study on food habits of anteaters, Myrmecophaga tridactyla and Tamandua tetradactyla, at the southern limit of their distribution. Mammalia, 81(6), 601-604. https://www.degruyter.com/document/doi/10.1515/mammalia-2016-0117/html?lang=de
- Gamboa, Sara. (2015). Origen de la mirmecofagia en mamíferos cenozoicos. Current Trends in Paleontology and Evolution. https://www.researchgate.net/publication/275890697_Origen_de_la_mirmecofagia_en_mamiferos_cenozoicos_The_origin_of_myrmecophagy_in_cenozoic_mammals
- Gaudin, T. J., Hicks, P., & Di Blanco, Y. (2018). Myrmecophaga tridactyla (Pilosa: Myrmecophagidae). Mammalian Species, 50(956), 1-13. https://academic.oup.com/mspecies/article/50/956/1/4968042?login=false
- Haddad Jr, V., Reckziegel, G. C., Neto, D. G., & Pimentel, F. L. (2014). Human death caused by a giant anteater (Myrmecophaga tridactyla) in Brazil. Wilderness & Environmental Medicine, 25(4), 446-449. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25027752/
- Integrated Taxonomic Information System. (2019). Vermilingua Illiger, 1811. Recuperado el 29 de abril de 2023. https://www.itis.gov/servlet/SingleRpt/SingleRpt?search_topic=TSN&anchorLocation=SubordinateTaxa&credibilitySort=TWG%20standards%20met&rankName=Species&search_value=727504&print_version=SCR&source=from_print#SubordinateTaxa
- International Union for Conservation of Nature and Natural Resources. (2022) Search for Anteater. Recuperado el 27 de enero de 2022. https://www.iucnredlist.org/search?permalink=9fa1c682-4f50-40e2-85cd-79e697ddcec6
- La Procuraduría Federal de Protección al Ambiente. (2015). Rescata PROFEPA a oso hormiguero que deambulaba en zona habitacional de tabasco. Recuperado el 27 de enero de 2022. https://www.profepa.gob.mx/innovaportal/v/7025/1/mx.wap/rescata_profepa_a_oso_hormiguero_que_deambulaba_en_zona_habitacional_de_tabasco
- Miranda, F. R., Casali, D. M., Perini, F. A., Machado, F. A., & Santos, F. R. (2018). Taxonomic review of the genus Cyclopes Gray, 1821 (Xenarthra: Pilosa), with the revalidation and description of new species. Zoological Journal of the Linnean Society, 183(3), 687-721. https://academic.oup.com/zoolinnean/article/183/3/687/4716749
- World Wildlife Fund. (2023). El oso hormiguero más pequeño del mundo no tiene miedo a pelear. Recuperado el 29 de abril de 2023 https://www.worldwildlife.org/descubre-wwf/historias/el-oso-hormiguero-mas-pequeno-del-mundo-no-tiene-miedo-a-pelear
- Zoológico de Barcelona. (s.f.). Oso hormiguero: Myrmecophaga tridactyla. Zoo Barcelona. Recuperado el 7 de mayo del 2023. https://www.zoobarcelona.cat/es/animales/oso-hormiguero
- National Geographic. (s.f.). Giant anteater. Recuperado el 7 de mayo del 2023. https://www.nationalgeographic.com/animals/mammals/facts/giant-anteater
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.