A tartaruga gigante das Ilhas Galápagos
Não se trata de uma, mas sim de 10 espécies de quelônios – duas extintas – que habitam as Ilhas Galápagos (não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do mundo). Neste artigo, vamos falar sobre a incrível tartaruga gigante que podemos encontrar neste arquipélago do Equador.
Características da tartaruga gigante de Galápagos
Você sabia que as Ilhas Galápagos foram nomeadas dessa forma em ‘homenagem’ às tartarugas gigantes que os exploradores e naturalistas encontraram ao chegar às ilhas no século XVI? Posteriormente, Charles Darwin as dividiu em subespécies de uma única família: Chelonoidis Nigra.
Elas são os maiores quelônios que habitam o planeta, já que podem medir mais de dois metros e pesar cerca de 500 quilos. Além disso, também detêm outro recorde: o da longevidade, pois podem viver por mais de 100 anos na natureza.
Atualmente, podemos encontrar alguns exemplares de tartaruga gigante em zoológicos e reservas naturais em várias partes do mundo, onde atingem nada menos do que 170 anos de vida. Em relação à sua taxonomia, existem três tipos diferentes de casco, que permitem a sua diferenciação:
1. Casco em forma de domo
Essas tartarugas habitam principalmente as terras altas do arquipélago e ambientes úmidos, tais como os encontrados nas ilhas Santa Cruz e Isabela (nessa última, especificamente na região dos vulcões).
O casco em forma de domo permite que a tartaruga gigante se desloque através da densa vegetação sem o risco de ficar presa nos galhos. Além disso, ela possui um pescoço mais curto do que os seus ‘parentes’ e o casco é maior.
2. Casco em forma de sela
A tartaruga gigante de San Cristóbal é um dos exemplos mais claros desse subgrupo, que vive principalmente em áreas com pouca vegetação e desérticas. Possui uma elevação especial na parte frontal do casco que, adicionada ao pescoço longo, permite que ela alcance as folhas altas dos arbustos ou os caules dos cactos.
3. Casco intermediário
Pode-se dizer que essa é uma combinação dos outros dois tipos de casco. Uma das subespécies com essa característica é a tartaruga gigante de Santa Cruz.
Comportamentos da tartaruga gigante de Galápagos
Todas as tartarugas gigantes das Ilhas Galápagos são herbívoras e não têm dentes. Para se alimentar, elas usam as suas bocas pontudas, com as quais cortam folhas e frutas. Sua dieta é composta de plantas, frutas, samambaias aquáticas, líquenes e cactos.
Elas comem conforme encontram alimento disponível, mesmo que ainda não tenham terminado de digerir o que foi consumido anteriormente. Além disso, elas têm a capacidade de passar um longo tempo sem beber água, porque extraem líquidos das plantas. Mas, quando encontram um espelho de água doce, sem dúvida mergulham para aproveitar.
Outra característica interessante é que a tartaruga gigante de Galápagos é muito lenta e não avança mais de 300 metros por hora. Mas essa lentidão é complementada por uma grande resistência, pois ela pode andar durante três dias sem parar para descansar.
No caso das tartarugas gigantes que vivem nas ilhas mais úmidas, elas migram após o final da estação das chuvas para a área montanhosa, onde a grama é mais abundante. Ao longo de sua vida, elas formam diferentes ‘rebanhos’ porque são animais gregários, ou seja, acostumados a viver em comunidade.
Inclusive, elas possuem uma relação simbiótica ou mutualística com certas espécies de fringilídeos, aves que também habitam as Galápagos. Esses pássaros ficam sobre a cabeça das tartarugas gigantes e se encarregam de remover os carrapatos do seu pescoço.
A tartaruga gigante é de sangue frio e, por esse motivo, passa uma boa quantidade de tempo ao sol – pelo menos duas horas por dia – especialmente pela manhã. Ela permanece ativa por um máximo de oito horas.
Em alguns casos, para manter a temperatura corporal elevada, elas ficam submersas em poços de água e lama próximos aos vulcões. Além disso, esses ‘banhos’ permitem que elas se protejam de parasitas e insetos, tais como mosquitos.
Sem dúvida, a tartaruga gigante das Ilhas Galápagos é um animal fascinante… Se tivermos a sorte de visitar esse arquipélago, vamos vê-las em diversos lugares enquanto comem. Também podemos seguir as pegadas profundas e circulares que elas deixam na lama ou na areia!
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- Márquez, C., Gibbs, J. P., Carrión, V., Naranjo, S., & Llerena, A. (2013). Population Response of Giant Galápagos Tortoises to Feral Goat Removal. Restoration Ecology. https://doi.org/10.1111/j.1526-100X.2012.00891.x
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