O que são testes de inteligência animal?
Sabemos que os animais são seres inteligentes e que suas habilidades mudam de acordo com a espécie. Existe uma ciência que estuda suas habilidades intelectuais. Então, hoje contaremos como eles fazem isso: através de testes de inteligência animal.
O que são testes de inteligência animal?
Esta ciência é uma disciplina que resulta da combinação de psicologia comparativa, etologia e ecologia do comportamento. Cada um desses campos fornece parte de sua experiência e seus métodos, para assim entender melhor o que acontece dentro do cérebro dos animais quando eles enfrentam diferentes desafios.
Os testes de inteligência animal baseiam-se em apresentar pequenos desafios a diferentes animais e observar como eles agem. Tudo depende de qual espécie está sendo estudada e, ao contrário de outros experimentos com animais, os cientistas não os tocam ou manipulam de forma alguma: apenas observam como reagem.
Os testes de inteligência não causam danos aos animais que deles participam: no máximo, eles podem ficar um pouco confusos no início, já que têm um problema que precisam resolver. Os animais agem livremente e o papel dos cientistas é observar o seu comportamento.
Há muitos tipos diferentes de testes, que dependem do objeto do estudo, como a cooperação, velocidade de aprendizagem, capacidade de memorizar, observação de cores e espécies a serem estudadas: você não pode criar uma única experiência para um cão e para um hamster.
História dos testes de inteligência animal
Essa disciplina científica começou a ser praticada durante o século 20, embora os avanços da psicologia humana dos anos 50 tenham ajudado muito em seu desenvolvimento.
Inicialmente, os resultados dos testes de inteligência animal foram interpretados como uma amostra da capacidade de ação e reação dos animais. Ou seja, seu comportamento era visto como mecânico: diante de uma situação, o animal aprendia a reagir de uma certa maneira.
No entanto, com o passar das décadas, foi introduzida a ideia de que, talvez, os animais estivessem refletindo e não simplesmente reagindo. O conceito de “mente” foi aplicado e eles começaram a mudar os experimentos para ver se os animais eram capazes de pensar.
A maneira de coletar dados também mudou: embora muitos experimentos sejam curtos e durem horas ou apenas dias, no final do século 20 eles começaram a projetar experimentos que durariam anos. Naturalmente, a variedade de animais com os quais trabalham também se modificou: começaram com macacos e cães, mas agora eles são feitos até com insetos e peixes.
Exemplos de testes
Diversos testes de inteligência animal foram projetados, embora muitos deles compartilhem a mesma base. Os labirintos e a caixa de Skinner estão entre os testes mais repetidos de todos, e muitos foram criados a partir deles.
A caixa de Skinner era uma ferramenta que tentava ensinar um animal a realizar uma ação, como apertar uma alavanca ou um botão. Cada vez que o animal repetia o comportamento, recebia alimentação. Depois de verificar que os animais aprenderam, surgiram variações.
Para medir o sentimento de justiça nos macacos, duas caixas semelhantes foram montadas juntas. Os macacos dentro das caixas apertavam uma alavanca e recebiam um prêmio. No entanto, um sempre recebia um prêmio mais saboroso do que o seu parceiro. Assim, eles descobriram que o macaco que recebeu o pior prêmio ficou irritado, e seu parceiro tentou compartilhar a guloseima com ele quando descobriu que os cientistas estavam sendo injustos.
Para verificar a capacidade de cooperação, usaram outra caixa de Skinner modificada: os animais só podiam acessar a alimentação se ambos puxassem uma corda de cada vez. Isso foi colocado em prática com várias espécies animais diferentes: papagaios, elefantes e lobos resolviam o problema em um tempo muito curto. No entanto, os cães não conseguiram acessar o prêmio.
Existem muitos tipos diferentes de testes de inteligência animal. Estes ajudam a medir as habilidades ou capacidades de animais de espécies diferentes e, embora tradicionalmente tenham sido implementados com mamíferos, eles têm sido aplicados também em insetos, polvos, peixes e aves.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.