Animais que se adaptaram à vida no Saara
Rodeado de areia, com temperaturas muito variáveis entre o dia e a noite, e a notável falta de água, os animais do Saara conseguiram se adaptar ao deserto e sobreviver à sua maneira. Nós falaremos sobre alguns deles neste artigo.
Quais os animais que vivem no Saara?
Os animais do deserto são muito particulares, já que levam uma vida mais que sacrificada com tanto calor e sol durante o dia e temperaturas abaixo de zero à noite.
Além do típico camelo ou dromedário e das cabras – ambos domesticados – há outros animais do Saara:
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Escorpião amarelo
Esta espécie de escorpião venenoso – imagem que encabeça este artigo – tem cerca de 10 centímetros de comprimento e é muito marcante por suas cor, que lhe permite se misturar às areias do deserto. Mas a ponta da cauda é preta.
É comum vê-lo não apenas no Saara, mas em outros ambientes desérticos da África e da Península Arábica.
O veneno do escorpião amarelo é realmente poderoso, pois é formado por várias neurotoxinas, entre elas, o peptídeo clorotoxina.
A mordida é muito dolorosa e pode ser fatal em crianças ou em pessoas com problemas cardíacos, pois causa edema pulmonar.
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Feneco
É conhecido como raposa do deserto e é caracterizado por suas longas orelhas, que servem como um sistema de resfriamento para o sangue.
Juntamente com sua pele leve e fina, pode suportar as altas temperaturas e o clima extremo do Saara.
É o menor dos canídeos, já que não mede mais do que 40 centímetros, e a cauda é longa (cerca de 30 centímetros), que serve como uma almofada para quando ele quer dormir em tocas durante as horas mais quentes do dia.
Caça à noite e se alimenta de répteis, roedores, aves e ovos. Complementa sua dieta com frutas das árvores que crescem nos oásis.
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Adax
É chamado de “antílope branco” – embora seu corpo também seja marrom – e é outro dos animais do Saara bastante típico.
Tem a capacidade de passar quase um ano sem beber água e comendo apenas vegetação esparsa. Para reduzir o gasto de energia e evitar as horas mais quentes, ele permanece inativo entre o nascer e o pôr do sol.
O adax é um bisão de chifres curvados que vive em pequenos grupos organizados por uma certa hierarquia; apenas alguns desses grupos permanecem em estado selvagem.
Várias tentativas foram feitas para conservar a espécie, que está criticamente ameaçada, mas os resultados só poderão ser vistos a longo prazo.
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Víbora chifruda
Seu nome científico é Cerastes cerastes e é chamada assim porque tem duas saliências pontiagudas no topo da cabeça.
Sem dúvida, essa é sua característica distintiva. Além disso, tem olhos proeminentes – maiores nos machos – e pode medir cerca de 80 centímetros de comprimento (as fêmeas são maiores).
A víbora chifruda é outro dos animais do Saara cujo corpo se mistura muito bem aos tons locais; o padrão de sua pele é amarelo, cinza claro, avermelhado, marrom, rosa e bege.
Na parte de trás, apresenta manchas escuras, a barriga é branca e a cauda termina em uma mancha preta.
Acasala principalmente em abril, a fêmea põe até 23 ovos na areia ou em cavernas abandonadas e estes eclodem depois de dois meses.
Os filhotes medem cerca de 15 centímetros de comprimento e precisam sobreviver sozinhos desde o momento em que nascem.
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Gazela-dorcas
O último dos animais do Saara nesta lista é outro bovídeo que se adaptou muito bem aos desertos do norte da África.
Mede cerca de 65 centímetros e pesa não mais do que 20 quilos, alimenta-se da escassa vegetação disponível e pode passar toda sua vida sem beber água: só precisa da umidade das plantas que consome.
Se ele encontrar um espelho de água doce, aproveitará a oportunidade para se refrescar.
A gazela-dorcas chega a 80 km/h quando se sente ameaçada e complementa a fuga com saltos longos e altos; graças às suas pernas finas, mas fortes.
O corpo deste mamífero é marrom, exceto a barriga, que é branca. Apresenta chifres curtos e retos e orelhas longas.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.