Anta brasileira, um parente do rinoceronte
A anta brasileira pode ser encontrada principalmente no Brasil, mas sua variedade abrange grande parte das florestas tropicais da América do Sul.
Ela habita desde o norte da Argentina até a Venezuela, mas está ausente no Chile e em locais a oeste da Cordilheira dos Andes.
A palavra ‘tapir’, um dos nomes do animal, vem do itapiré, que é uma expressão indígena para definir ‘piré’, ou couro tão duro como uma pedra (ita), que sugere a pele dura deste animal. Algumas culturas indígenas, como os maias, consideravam-no um animal sagrado.
Habitat da anta brasileira
Esse animal prefere florestas de montanhas tropicais, mas também está presente em pântanos e florestas de terras baixas. Além disso, pode ser encontrado desde o nível do mar até 4500 metros de altitude. Eles são adeptos do montanhismo e às vezes criam caminhos para grandes corpos de água.
A maioria das antas prefere viver perto da água, especialmente em rios de baixo fluxo, apesar de serem excelentes nadadores. As maiores densidades populacionais desta espécie são encontradas em áreas com vegetação abundante e precipitação de 2.000 a 4.000 milímetros por ano.
Morfologia da anta brasileira
O peso adulto das antas brasileiras varia entre 150 e 250 quilos, enquanto o comprimento do corpo pode atingir 221 centímetros nas fêmeas e 204 centímetros nos machos. Seus crânios têm uma proeminente crista sagital que lhes dá uma projeção que se estende dos olhos até o pescoço. Também tem uma juba curta que segue o caminho da projeção.
As antas adultas são marrom-escuras a avermelhadas e as jovens são marrons com listras brancas horizontais, que somem após os sete meses de idade. Essa espécie tem cascos e uma probóscide pronunciada.
A probóscide é feita inteiramente de tecido mole, e o focinho teve uma redução significativa do osso e da cartilagem em comparação com outros angulados.
Reprodução da anta
Os hábitos de acasalamento da anta brasileira ainda não foram determinados. Sabe-se que quando as fêmeas são sexualmente receptivas, os machos competem pelo direito de acasalar mordendo os pés uns dos outros. A poliginia também pode estar presente.
A gestação das antas brasileiras geralmente dura 380 dias, mas varia de 335 a 439 dias. O ciclo estral ocorre a cada 50 a 80 dias e dura 48 horas. A maioria das mulheres atinge a maturidade sexual entre dois e três anos de idade.
A fêmea mais velha conhecida por ter parido em cativeiro tinha 28 anos. A anta brasileira se reproduz durante o ano inteiro. Ela tem um filhote de cada vez, que geralmente pesa de três a seis quilos no nascimento.
O desmame é completado entre seis e oito meses de idade e a maioria dos jovens se torna independente aos 18 meses de idade.
Comportamento da anta
A anta brasileira é tipicamente solitária e, apesar de não ser exclusivamente noturna, costuma se refugiar na floresta durante o dia e sair para se alimentar à noite. Elas são frequentemente avistadas em pares durante a época de acasalamento e quando as fêmeas viajam com seus filhotes.
As antas brasileiras têm uma visão limitada, mas uma forte percepção olfativa. Embora sejam tímidas, são agressivas quando competem para acasalar ou defender territórios. Elas podem produzir várias vocalizações para expressar medo, angústia ou dor.
Além disso, elas podem usar vários ruídos durante a época de acasalamento. Também mostram a intenção de agredir com um bufo nasal e, quando estão irritadas, fazem um ruído surdo.
As antas também usam métodos de comunicação química, pois urinam e usam glândulas faciais para demarcar as fronteiras territoriais.
Hábitos alimentares
A anta brasileira sai à noite em busca de comida. Come frutas, folhas e outros materiais vegetais. As plantas forrageiras preferidas deles são os mombins, um pequeno arbusto que produz frutos semelhantes a ameixas grandes.
Elas são frugívoras e potencialmente dispersoras de sementes de muitas árvores frutíferas importantes em toda a sua extensão geográfica. Em geral, sua digestão deixa as sementes ingeridas intactas.
A anta brasileira é caçada porque fornece uma quantidade significativa de proteínas às dietas de várias populações rurais. Elas foram domesticadas no Brasil e foram ensinadas a lançar arados e permitir que crianças as montassem.
Além dos humanos, o principal predador da anta é a onça, embora às vezes elas sejam surpreendidas pelos crocodilos. Quando alarmada por predadores, a anta tende a fugir para a água. No entanto, se estiver encurralada, corre diretamente em direção ao seu predador.
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- https://www.tapirday.org/brazilian-tapir.html
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