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O comportamento dos leões

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O comportamento dos leões vem sendo estudado há muitos anos para auxiliar na conservação da espécie. São animais mais complexos do que parecem, então não deixe de ler para saber mais.
O comportamento dos leões
Última atualização: 28 julho, 2021

Conhecidos por todos desde a infância, os leões são um símbolo de poder e domínio em muitas culturas. No entanto, o comportamento dos leões é um pouco diferente da imagem comum presente no conhecimento popular.

Neste artigo, você poderá aprender mais sobre a natureza desses grandes felinos. Muitas vezes, a luta por sua conservação inclua vê-los como realmente são, e não como fruto de contos e lendas.

Características dos leões

Os leões africanos (Panthera leo) são felinos do gênero Panthera. Eles vivem na maior parte da África Subsaariana, exceto em habitats de deserto e selva. Foram exterminados na África do Sul e sabe-se que houve um tempo em que se espalharam pelo sudoeste da Ásia e norte da África.

Esses animais vivem em planícies ou savanas, locais onde encontram um grande número de presas, a maioria ungulados, e áreas onde se abrigam e espreitam. Os leões são carnívoros e predadores estritos que caçam em grupos, derrubando presas muito maiores do que eles.

A sua aparência é bem conhecida: pelagem castanha e curta, com a parte inferior mais clara e caudas compridas que terminam em um tufo preto. São animais sexualmente dimórficos: os machos são muito maiores e têm jubas.

Os machos adultos podem pesar até 190 quilos, enquanto as fêmeas pesam em média 126 quilos.

Esses felinos se reproduzem ao longo do ano e geralmente é um único macho que acasala com quase todas as fêmeas do rebanho. No entanto, o primeiro macho a se aproximar de uma fêmea no cio tem prioridade de acasalamento com ela, então não costuma haver brigas.

 

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O caráter dos leões

É uma espécie gregária, pois, na verdade, são os únicos felinos grandes que vivem em grupos. Embora o macho esteja associado à força e ao poder, a verdade é que seu tamanho e sua juba são uma desvantagem na hora de caçar, então essa tarefa é realizada integralmente pelas fêmeas.

Um bando é composto por um número de indivíduos de 4 a 37 espécimes.

As leoas também são totalmente responsáveis pelos cuidados parentais. Os machos, em suma, realizam tarefas de proteção coletiva quando vão caçar e contra os ataques de outros machos.

A comunicação no comportamento dos leões

A comunicação visual se baseia, acima de tudo, no tamanho do espécime. Entre os machos, a espessura da juba e sua cor indicam o tamanho do leão e o possível perigo que ele representa. Esse fato está diretamente relacionado aos níveis de testosterona, como indica este artigo da revista Science.

Os sinais olfativos consistem em marcações de urina para delimitar o território, para que cada leão identifique outro espécime com o cheiro de seus feromônios. Também se observa que os arranhões em árvores são usados com esse propósito.

O rugido provavelmente é o comportamento mais conhecido dos leões. Os espécimes machos começam a rugir com um ano de idade e as fêmeas um pouco mais tarde. O objetivo dessa vocalização é marcar o território à distância. Na ocasião, vários leões podem ser ouvidos rugindo em coro. Dessa forma, os laços sociais são reforçados.

A saudação entre congêneres geralmente consiste em esfregar a cabeça e o queixo do outro enquanto ronronam ou gemem. Por outro lado, o contato físico entre mães e filhos é essencial para o desenvolvimento psicossocial da prole.

O comportamento dos leões

Os bandos de leões são sociedades fissão-fusão fortemente hierárquicas, nas quais os membros entram e saem de grupos ou formam novas associações. Pode haver entre 2 e 40 desses felinos em um bando.

Cada leão macho que vive de forma estável em um grupo conquistou esse lugar ao se livrar dos membros dominantes. Ocasionalmente, observa-se a formação de coalizões de jovens do sexo masculino, geralmente irmãos, para proteger o grupo.

Quando um macho jovem cresce e se torna uma ameaça potencial para o líder do grupo, é provável que este o expulse antes de ser substituído. Depois disso, o jovem passará por uma fase nômade solitária até encontrar um novo grupo.

As fêmeas, por outro lado, têm sua própria hierarquia, mas não competem nem brigam entre si. São um grande exemplo de igualitarismo, pois a impossibilidade de controlar a reprodução de outras leoas por meio da competição fomentou a cooperação horizontal.

Comportamento em cativeiro

Os leões são frequentemente vistos em zoológicos, circos ou centros de reprodução. Na maioria das vezes, privados de seu estímulo para a caça e outras atividades de sua vida em liberdade, eles são encontrados letárgicos durante mais tempo do que seu descanso natural.

A reprodução também é prejudicada: embora seja possível que eles se reproduzam em cativeiro, o instinto reprodutivo é inibido em machos e fêmeas. Outras vezes, os filhotes não sobrevivem ou a mãe os rejeita.

Em geral, os felinos acabam desenvolvendo distúrbios comportamentais. Os mais frequentes são as estereotipias motoras, nos quais o animal pode ser observado percorrendo a mesma rota indefinidamente sem motivo. Às vezes, eles até apoiam cada pata exatamente no mesmo lugar.

É possível treinar um leão?

Esses felinos são inteligentes e sua sociabilidade lhes confere uma certa compreensão ao interagir com os humanos. No entanto, o comportamento dos leões é caracterizado por um forte instinto de caça e territorialidade e uma pessoa nunca poderá ser seu amigo ou tutor.

Isso significa que eles são capazes de aprender por meio do condicionamento, mas o processo exigirá romper seu ímpeto por meio de violência extrema ou práticas que colocam o ser humano em perigo. Sua natureza selvagem deve ser respeitada.

Em alguns centros de recuperação e zoológicos, foram feitas tentativas de treinar leões para o manejo veterinário. Uma certa resposta foi alcançada, mas não a desejada, que era evitar o estresse e o perigo para os cuidadores na realização de determinados procedimentos, como aparar as unhas ou extrair sangue.

 

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Não é possível ter um leão como animal de estimação. Essa prática, junto com a caça furtiva e a invasão de seu habitat para a agricultura, colocou os leões em um estado de conservação vulnerável. Sua população diminui com o tempo e, se nada for feito a respeito, eles podem acabar desaparecendo.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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