Comportamento reprodutivo da rosela-multicolorida
Escrito e verificado por o advogado Francisco María García
O cortejo da rosela-multicolorida não é um processo simples. Trata-se de um ritual no qual o macho dita o ritmo e faz uma série de movimentos ao redor da fêmea, ainda que, no final, seja ela quem dê a luz verde para a procriação.
Quando essas aves são criadas em cativeiro, a reprodução depende, em grande medida, do trabalho dos seus donos. Devem ser levados em consideração fatores que vão desde o espaço disponibilizado até a alimentação das mesmas.
Origens
A rosela-multicolorida é uma subespécie da Hapalopsittaca amazonina, nascida na Austrália. Atualmente, elas podem ser observadas vivendo em algumas regiões da Colômbia e da Venezuela, no norte da América do Sul.
Elas têm o corpo coberto por penas de cores variadas. A maioria dos exemplares tem a cabeça vermelha, enquanto o resto da sua anatomia é “pintada” de verde, amarelo, preto e azul. As combinações podem variar de acordo com a região onde o animal mora.
Para diferenciar os machos das fêmeas, temos que prestar atenção na plumagem ao redor dos olhos. Os primeiros mantêm a mesma tonalidade que no resto da cabeça. Por outro lado, as fêmeas têm plumas de cor acinzentada ou verde.
Um ave difícil de estudar
A rosela-multicolorida é uma ave cujo estudo em liberdade não é fácil. Seu comportamento reprodutivo só foi observado em detalhe na reserva de aves Colibrí del Sol, na Colômbia.
O processo se inicia com o macho rodopiando ao redor da fêmea. Se a fêmea estiver interessada, vai tentar pular sobre os galhos pelos quais o seu companheiro tenha passado, enquanto este começará a voar na sua direção para fazer a sua presença ser muito mais notada. Então, ela vai permitir que ele se aproxime completamente.
Quando a proximidade é total, se inicia a cópula. O macho acaricia a fêmea na parte traseira com uma de suas patas, enquanto aproxima a sua cloaca da cloaca dela.
Isso pode demorar aproximadamente dois minutos, já que ainda pode haver alguma tentativa de fuga. No entanto, no final, o ato será consumado.
Rosela-multicolorida como ave de estimação
Esta é uma ave muito divertida. O seu comportamento é majoritariamente alegre e carinhoso. Elas requerem menos atenção e cuidados em comparação com os animais de estimação mais populares: cachorros e gatos.
Com muita paciência por parte dos seus donos, essas aves podem aprender, por meio da repetição, a cantar, repetir frases e imitar alguns sons. Elas parecem sentir um prazer especial imitando buzinas e assobios.
Algumas dicas para que as aves sejam felizes
Um dos primeiros aspectos a levar em consideração com essa exótica ave é que a sua origem se localiza em terras quentes. Além disso, é uma espécie que gosta de voar. Esses dois fatores devem ser levados em conta no momento de decidir adotar uma rosela-multicolorida.
Ela requer uma gaiola espaçosa, na qual os seus movimentos não sejam limitados demais. Também devem ser colocadas em áreas longe de correntes de ar e onde fiquem protegidas das baixas temperaturas.
Para que seja uma ave feliz, ela deve ter a oportunidade de desfrutar de momentos de liberdade, nos quais possa voar dentro de seu lar e, se possível, também em espaços abertos.
Uma ave de “um único amor”
Mais de 90% dos exemplares dessa espécie passam toda a sua vida com um único parceiro. Para eles, a monogamia é algo absolutamente natural. Uma vez que uma fêmea seleciona um macho, eles formarão um vínculo duradouro.
Reprodução da rosela-multicolorida em cativeiro
Durante o ritual de acasalamento, o comportamento do macho pode parecer violento, além de muito estridente. Os donos não deverão interferir em momento algum. Caso contrário, o processo vai ser abortado.
Em condições de liberdade, a rosela-multicolorida costuma construir seus refúgios nos troncos das árvores. Por isso, o ideal é proporcionar a elas um lugar para fazer o ninho, com pelo menos 40 centímetros de comprimento e 20 de largura.
Uma vez que os filhotes saiam dos ovos, deverão permanecer sob a proteção dos seus pais por um período de 45 dias. Transcorrido esse tempo, devemos movê-los para outra gaiola, para que se reinicie o seu ciclo reprodutivo.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.