5 dicas de como agir se um coelho te morder

Você sabe como agir se um coelho te morder? Continue lendo!
5 dicas de como agir se um coelho te morder
Ana Díaz Maqueda

Escrito e verificado por a bióloga Ana Díaz Maqueda.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

As mordidas de coelho não são comuns. Eles são animais com poucos problemas de agressividade e, até poucos anos atrás, não era muito comum encontrá-los como animais de estimação. Contudo, informação nunca é demais. Veja 5 dicas para agir se um coelho te morder.

Hoje em dia é mais comum que dentro de um núcleo familiar haja um ou mais coelhos, o que aumenta a probabilidade de ser mordido se o animal não for devidamente educado e se a sua etologia e suas necessidades comportamentais não forem respeitadas.

Evite situações em que seu coelho possa te morder

O primeiro conselho é evitar permitir que o coelho te morda. Os coelhos, e os animais em geral, não mordem só porque querem. Geralmente, nós criamos momentos em que causamos tanto estresse ao animal que ele se sente ameaçado e, em última instância, morde.

O manuseio incorreto ou excessivo pode fazer com que o coelho se sinta desconfortável e acabe mordendo as mãos do seu tutor. Costuma ser uma mordida forte e rápida que pode causar danos aos tendões ou até mesmo ao osso.

Evite situações em que seu coelho possa te morder

Mantenha a calma, os coelhos não espalham doenças

Se, por algum motivo, você for mordido por um coelho, pode ficar tranquilo. A princípio, os coelhos domésticos não transmitem doenças. Em casos raros, podem transmitir Pasteurella multocida, a causa da pasteurelose, mas esta doença só é comum em criadouros de coelhos mal geridos.

Apenas em áreas endêmicas, como os Estados Unidos, eles foram associados à transmissão de Francisella tularensis, a bactéria que causa a tularemia ou febre do coelho.

Se o seu coelho te morder, lave bem a ferida

Ao se deparar com uma mordida de coelho, a primeira coisa a fazer é lavar bem o ferimento com bastante água e sabão neutro. Dessa forma, evitamos a entrada de micro-organismos na ferida e reduzimos a carga bacteriana que pode existir na pele.

Na verdade, devemos tratar esses tipos de feridas da mesma forma que qualquer arranhão que possamos sofrer, desde que a ferida não sangre excessivamente. Nessa situação, é melhor ir rapidamente ao pronto-socorro.

O uso de antibióticos é desnecessário

O uso de antibióticos nesse tipo de mordida não é recomendado, pois a frequência de infecção é mínima. Ao tomá-los, podemos criar um problema maior, como a resistência aos antibióticos.

Como dissemos, a ferida deve ser bem lavada e verificada em relação a sintomas de infecção. Nesse caso, é melhor consultar um médico assim que possível.

O uso de antibióticos é desnecessário

Seja vacinado contra o tétano

Diante da mordida de qualquer animal, pode ocorrer uma infecção secundária por tétano. Essa doença é causada por uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium tetani. Os esporos dessas bactérias estão localizados no solo e nas fezes, de modo que podem entrar pelas feridas causadas durante a mordida.

Por outro lado, não é necessário se vacinar contra a raivaEm primeiro lugar, se o coelho for um animal de estimação, ele não pode pegar raiva. Em segundo lugar, a probabilidade de um coelho infectado transmitir raiva é muito baixa. E, por fim, o vírus da raiva foi erradicado em muitas partes do mundo, principalmente aquelas que possuem um controle veterinário rigoroso.

Pode interessar a você...
Em que consiste a terapia com coelhos?
Meus Animais
Leia em Meus Animais
Em que consiste a terapia com coelhos?

A terapia com coelhos é um tipo de terapia assistida por animais (TAA) na qual a espécie protagonista é o coelho. Saiba tudo sobre esse tema!


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Hirsch, T. (2009). Mordeduras. Medwave, 9(10).
  • Jofré, M., Perret, P., Abarca, V., Solari, G., Olivares, C., & López Del, J. (2006). Recomendaciones para el manejo de mordeduras ocasionadas por animales. Revista chilena de infectología, 23(1), 20-34.
  • Mendoza, E. G., & Calva, A. H. (2007). Protocolo de manejo en mordeduras por animales. Revisión de la literatura e informe de dos casos. Revista ADM, 64(6).
  • Hill, W. A., & Brown, J. P. (2011). Zoonoses of rabbits and rodents. Veterinary Clinics: Exotic Animal Practice, 14(3), 519-531.
  • Boisvert, P. L., & Fousek, M. D. (1941). Human infection with Pasteurella lepiseptica following a rabbit bite. Journal of the American Medical Association, 116(17), 1902-1903.
  • Hughes Jr, W. T. (1965). Oculoglandular Tularemia: Transmission from Rabbit, through Dog and Tick to Man. Pediatrics, 36(2), 270-72.
  • Crowell-Davis, S. L. (2007). Behavior problems in pet rabbits. Journal of exotic pet medicine, 16(1), 38-44.
  • Crowell-Davis, S. (2021). Rabbit Behavior. Veterinary Clinics: Exotic Animal Practice, 24(1), 53-62.

Os conteúdos de Meus Animais servem para fins informativos. Não substituem o diagnóstico, o aconselhamento ou o tratamento de um profissional. Em caso de dúvida, é recomendável consultar um especialista de confiança.