Diferenças entre cobra, serpente e víbora
Escrito e verificado por o advogado Francisco María García
Cobra, serpente e víbora são termos que costumam ser entendidos como sinônimos. Muitas vezes eles são usados de forma intercambiável, independentemente de considerações de qualquer tipo. Porém, isso está incorreto; na prática, existem diferenças entre estes animais.
As serpentes são uma subordem dos répteis (sauropsídeos). Suas características distintivas são a ausência de patas e um corpo fino e, principalmente, alongado.
Na verdade, a diferença básica entre cobra, serpente e víbora é que serpente se refere à espécie em geral, e dentro deste termo há cobras e víboras.
Elas são animais muito comuns no mundo todo. Há registros de mais de 3.000 tipos perfeitamente diferenciados, embora muitos deles tenham características em comum. Algumas das espécies aparecem na lista das mais letais. Apesar disso, a sua popularidade como animal de estimação está crescendo.
Em algumas áreas do mundo, há exemplares de serpentes com venenos poderosos, e outras capazes de engolir um humano adulto. Sua capacidade de caça para presas de diversos tamanhos praticamente não tem limite.
Diferenças ‘técnicas’ entre cobra, serpente e víbora
As víboras pertencem à subfamília viperinae. Elas sempre são venenosas. Elas têm uma cabeça mais larga e triangular. Geralmente medem cerca de 75 centímetros, apesar de alguns exemplares medirem muito mais.
Apesar de suas dimensões discretas e, às vezes, pequenas, as toxinas injetadas pelas víboras nas suas vítimas conseguem imobilizar presas que superam o seu tamanho de uma forma desproporcional.
Esses répteis têm um par de dentes que se retraem na área do palato ao fechar a boca. No entanto, eles agem como a primeira linha de defesa quando elas se sentem ameaçadas. Além disso, elas são extremamente rápidas para adotar posições de ataque.
Não é impossível, mas ser mordido por uma víbora é relativamente difícil. A maioria delas costuma reagir fugindo quando sente que alguém está se aproximando. Elas não atacam a menos que sejam provocadas.
Muitas espécies são tão pequenas que só conseguem morder entre os dedos das mãos ou dos pés.
As cobras: maiores e sem veneno
Essas serpentes pertencem à família colubridae. Incluem aproximadamente 1800 espécies diferentes. Seu tamanho varia entre 20 e 30 centímetros, mas algumas alcançam até 10 metros de comprimento.
As cobras são caracterizadas por uma cabeça visivelmente cheia de escamas. Geralmente são terrestres, embora também existam cobras aquáticas, escaladoras e anfíbias.
Esta é a família com a maior classificação de gêneros e subespécies. Existem espécimes que são totalmente inofensivos. Geralmente são animais diurnos, por isso seus olhos são bem desenvolvidos e suas pupilas são grandes e quase sempre circulares.
Serpente, cobra e víbora: perigo iminente?
As víboras são as serpentes mais perigosas que existem. No entanto, algumas cobras grandes também representam riscos significativos, principalmente em certas regiões da África, Ásia ou da floresta Amazônica, entre o Brasil, a Colômbia e a Venezuela.
Sua presença geralmente é percebida em áreas despovoadas, mas os desequilíbrios gerados pela ação, muitas vezes descontrolada, do ser humano, fizeram com que esses répteis se instalassem em centros urbanos.
A vida em casa
Para que estes répteis mantenham uma vida doméstica, é preciso que tenham um terrário. Um espaço que deve contar com os níveis de umidade, temperatura e ventilação de acordo com as espécies que a pessoa quiser ter, com as dimensões mínimas para facilitar o seu desenvolvimento físico.
Habitats para serpentes, víboras e cobras podem ser comprados já prontos em muitos pet shops. Eles também podem ser construídos por conta própria. Aqueles que escolherem a segunda opção não podem ignorar uma característica comum de quase todas as serpentes: elas são animais escorregadios.
Por isso, qualquer fenda ou rachadura, por mais estreita e improvável que possa parecer, pode terminar em um episódio de fuga. Será necessário, portanto, aplicar todas as devidas precauções em casa.
A alimentação
A alimentação é um aspecto importante que sempre deve ser avaliado ao adotar um animal de estimação. No caso destes répteis, a atenção deve ser redobrada para evitar surpresas desagradáveis por causa da fome.
A dieta a ser seguida será condicionada pelo tamanho de cada espécime; quanto maiores forem, maiores também devem ser as presas. Os roedores (ratos) costumam ser o ingrediente mais usado no cardápio das serpentes.
Todas as serpentes são animais carnívoros. Sua dieta geralmente é composta por anfíbios (rãs e sapos) e também por outros répteis (lagartos, embora elas também possam cometer canibalismo).
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Pyron, R. A., & Burbrink, F. T. (2012). Extinction, ecological opportunity, and the origins of global snake diversity. Evolution: International Journal of Organic Evolution, 66(1), 163-178.
- Organización Mundial de la Salud (2021). Snakebite envenoming. Recuperado el 8 de mayo de 2022, disponible en: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/snakebite-envenoming
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.