Os diferentes tipos de migrações da merluza
Escrito e verificado por a bióloga Ana Díaz Maqueda
A merluza é um tipo muito comum de peixe na culinária mundial. Neste artigo, falaremos sobre os diferentes tipos de migrações que a merluza costuma fazer.
Eles também são conhecidos como lúcio do mar, devido à sua semelhança física com o lúcio (Esox lucius), embora não pertençam à mesma ordem.
As diferentes espécies de merluza estão distribuídas pelos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico. Além disso, são muito comuns em alguns mares, como o Mediterrâneo, onde o número de exemplares diminuiu nas últimas décadas.
Esses animais seguem dois padrões migratórios muito específicos. Um deles tem um objetivo alimentar, e o outro está relacionado à reprodução e perpetuação das espécies.
Espécies de merluza
Os peixes merluza pertencem à ordem dos gadiformes, peixes caracterizados por apresentar a primeira barbatana dorsal muito curta e a segunda tão longa que cobre quase todo o comprimento do resto do corpo.
No entanto, as espécies podem pertencer a vários gêneros, apenas relacionados entre si devido à sua similaridade física e às migrações que realizam.
As espécies de peixes merluza são:
- Pescada-do-atlântico (Merluccius merluccius)
- Pescada do Sul (Merluccius australis)
- Pescada-prateada (Merluccius bilinearis)
- Pescada-argentina ( Merluccius hubbsi )
- Pescada do Panamá (Merluccius angustimanus)
- Pescada do Pacífico Sul ( Merluccius gayi )
- Pescada de cauda (Macruronus magellanicus)
- Merluza-negra (Dissostichus eleginoides), comum no Oceano Índico
- Merluza-branca (Urophycis tenuis)
- Pescada–vermelha (Urophycis chuss)
As pescadas-prateadas, branca e vermelha são muito parecidas entre si e é difícil diferenciar uma da outra. Todas elas vivem na costa leste dos Estados Unidos, no Oceano Atlântico.
Tipos de migrações da merluza
As merluzas são peixes demersais, que costumam viver entre 10 e 400 metros de profundidade. No entanto, espécimes foram encontrados a 1000 metros no mar Mediterrâneo.
Esta ampla variação é uma das consequências do primeiro dos dois tipos de migrações da merluza:
- Migração nictemeral: é uma migração para as águas superficiais durante a noite e para as profundezas durante o dia. A merluza adulta se alimenta de pequenos peixes – anchovas, arenques ou sardinhas – ou lulas que buscam o plâncton oceânico. Por outro lado, o plâncton do qual suas presas se alimentam surge à noite, atraindo centenas de peixes, e é por isso que a merluza sobe à superfície. Durante o dia, esses peixes descem até o fundo lamacento, onde esperam a noite chegar para ficarem protegidos pela escuridão.
- Migração anual: quando chega a época de reprodução, fêmeas e machos adultos – a partir dos sete e cinco anos de idade, respectivamente – migram no início da primavera para águas mais frias para desovar. Durante esse período, os órgãos reprodutivos estão tão desenvolvidos que pressionam o sistema digestivo e o animal não se alimenta. Quando atingem águas frias, fêmeas e machos liberam seus gametas, que são fertilizados externamente.
Importância econômica da merluza
Atualmente, existem evidências para mostrar que várias espécies de merluza são superexploradas na pesca. Os principais métodos de pesca desses peixes são redes de arrasto, redes fixas e redes de cerco.
Esses métodos não são seletivos e, além disso, alguns deterioram seriamente o meio ambiente marinho.
Na Europa e na América do Sul, a merluza é a espécie demersal mais importante para a economia pesqueira.
Como consequência, há investimentos em estudos sobre a biologia e a ecologia dessa espécie, que não é totalmente conhecida: entender seus tipos de migração, quais são suas presas, como a pesca afeta as subpopulações das diferentes espécies, etc.
Da mesma forma, há uma busca por novas técnicas de pesca mais seletivas que não agridam as espécies ou o meio ambiente.
Além disso, diferentes governos tentam reforçar a legislação e estabelecer planos de pesca que revertam a situação de deterioração das diferentes espécies de merluza. Por exemplo, é proibido pescar animais com menos de 25 centímetros em alguns países.
O controle realizado por diferentes países aumentou, tudo isso para melhorar o estado dos peixes merluza nos mares e oceanos do nosso planeta.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
Bozzano, A., Sardà, F., & Ríos, J. (2005). Vertical distribution and feeding patterns of the juvenile European hake, Merluccius merluccius in the NW Mediterranean. Fisheries Research, 73(1-2), 29-36.
Fernandes, P., Cook, R., Florin, A.-B., Lorance, P. & Nedreaas, K. 2016. Merluccius merluccius. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T198562A84946555.
FishBase. (2009). Rainer Froese y Daniel Pauly, eds. Versión de septiembre del 2009. N.p.:
Murua, H., & Motos, L. (2006). Reproductive strategy and spawning activity of the European hake Merluccius merluccius (L.) in the Bay of Biscay. Journal of Fish Biology, 69(5), 1288-1303.
Musick, J. A. (1973). Meristic And Morphometric Comparison Of Hakes, Urophycis-Chuss And Urophycis-Tenuis (Pisces, Gadidae). Fishery Bulletin, 71(2), 479.
Sommer, M. (2005). Pesca de arrastre. Aniquilación silencionsa. REDVET. Revista Electrónica de Veterinaria, 6(4).
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.