O que é ecolocalização
Você já pensou em como certos animais fazem para se localizar no mar ou no céu? Essa mesma pergunta foi a que muitos cientistas fizeram antes de abraçar o termo ecolocalização, o qual explicaremos neste artigo.
Ecolocalização: técnica para interpretar o meio ambiente
Ecolocalização é a habilidade de alguns animais de conhecer um ambiente, identificar perigos e encontrar presas.
Através da emissão de sons e da subsequente interpretação do eco que projetam em objetos próximos.
Este termo começou a ser usado pela primeira vez em 1938, após vários estudos sobre morcegos.
Vale a pena notar que nem toda a família Chiroptera usa esse mecanismo. Sim, ele é usado por golfinhos, cachalotes (ambos cetáceos) e algumas aves, como o Andorinhão e o guácharo.
Barcos e submarinos se baseiam nesse mesmo princípio para navegar. A ecolocalização é fácil de entender. Tome o morcego como exemplo, que tem uma visão muito fraca e que, além disso, caça à noite.
Por este mecanismo, ele pode encontrar comida e, também, evitar vários obstáculos, como uma árvore ou um predador.
Graças a este sistema de localização, ele saberá a distância que está de um objeto. Mas como ele sabe? Calculando o tempo entre a emissão do sinal e de quando ele é recebido novamente.
Mas é claro que é muito mais do que isso, já que, para decodificar essa mensagem, é necessário ter uma anatomia especial.
No caso dos morcegos, suas orelhas estão posicionadas a uma certa distância uma da outra para entender melhor o que está acontecendo ao seu redor.
Ecolocalização em golfinhos
O outro exemplo mais conhecido de ecolocalização é o dos golfinhos (e cachalotes).
Neste caso, ela é realizada através da emissão de uma gama de sons, que viajam através da água e permitem obter muita informação sobre o que os rodeia.
Através de impulsos sonoros – conhecidos como cliques – de alta ou baixa frequência – um golfinho pode encontrar sua presa e, também, se reunir com outros de sua espécie.
Para isso, obviamente, eles precisam de uma audição direcional sensível e uma inteligência superior.
Se nós analisarmos a fisionomia deste cetáceo, podemos ver que há uma camada de gordura oleosa nas laterais da cabeça e na mandíbula inferior, que permite a ele receber os ecos.
Quando o golfinho nada, ele move o crânio para os lados, para cima e para baixo. Desta forma, ele ‘explora’ o que está ao seu redor.
E os pássaros?
Ainda que os dois casos mais famosos de ecolocalização sejam o do morcego e o do golfinho, há também alguns pássaros que aprenderam essa técnica para se orientar.
O andorinhão é semelhante à andorinha (embora não estejam relacionados) e foi capaz de desenvolver um mecanismo que lhe permite saber onde se encontra, ainda que no escuro, já que dorme em cavernas.
Uma subespécie do mesmo pássaro das Ilhas Cook usa a ecolocalização fora da toca, da qual sai à noite para obter comida.
A Salangana papús é uma espécie de Andorinhão da Nova Guiné, capaz de usar a ecolocalização quando voa fora de seu refúgio.
Além disso, se diferencia de outras espécies porque não emite cliques simples e duplos, como seus parentes do gênero Aerodramus.
Finalmente, o guácharo, ou pássaro das cavernas, é frugívoro e noturno, usando este sistema para navegar em condições de baixa visibilidade.
Juntamente com seu apurado olfato, ele pode comer frutas antes do sol nascer.
Durante o dia, se protege em cavernas profundas e, assim que acorda, põe em funcionamento esse GPS especial que inclui cliques de grande frequência, audíveis sem problemas pelo ser humano.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.