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O que é silvestrismo e por que se quer proibi-lo?

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O que é silvestrismo e por que se quer proibi-lo?
Eugenio Fernández Suárez

Escrito e verificado por o veterinário Eugenio Fernández Suárez

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Devido ao silvestrismo, algumas espécies protegidas caem em armadilhas, algo proibido pelos programas de conservação e preservação de várias aves.

O silvestrismo é uma tradição em alguns países. No entanto, essa é uma das últimas formas de capturar legalmente animais silvestres.

Entre setembro e novembro de cada ano, mais de 300 mil pássaros cantores são capturados e colocados em cativeiro, através dessa prática.

O que é silvestrismo?

O silvestrismo é uma prática baseada na captura de pássaros para serem usados ​​em competições de canto e outras atividades.

A princípio, a captura de animais selvagens vivos é proibida. No entanto, muitos locais possuem brechas na legislação que legalizam capturas “excepcionais”.

Os adeptos do silvestrismo usam técnicas diversas, mas nunca métodos seletivos. Ou seja, redes e armadilhas não distinguem pássaros.

E, embora nenhum mereça ser capturado, espécies protegidas podem às vezes cair na armadilha.

Isto contraria todos os programas de conservação para pequenas aves. Por mais que as aves ilegais possam ser libertadas mais tarde, trata-se de algo paradoxal.

Dessa forma, muitos dos pássaros que vivem em seu jardim podem cair na armadilha do silvestrismo.

Os problemas do silvestrismo

Os ornitólogos espanhóis alertam que esta é uma prática extremamente nociva, do ponto de vista científico, para muitas aves ameaçadas de extinção.

Por outro lado, lembre-se de que a criação em cativeiro é suficiente para suprir esse tipo de mercado.

A legislação tem que fazer malabarismos para permitir o silvestrismo em um país onde ter pássaros em casa é legal desde que não sejam capturados na natureza, salvo se você for silvestrista e recorrer na justiça, afirmando que a atividade é uma tradição.

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Após a captura, os adeptos do silvestrismo treinam os pássaros para cantar e vencer os concursos, que geralmente ocorrem na primavera. Este treinamento consiste em pôr, por exemplo, um disco com a canção do rouxinol para que ele aprenda a cantar.

No entanto, não se entende por que tantas capturas são necessárias, já que as aves nem sequer são liberadas após as competições.

Com centenas de milhares de capturas por ano, novas capturas não deveriam ser necessárias.

Europa na guerra contra o silvestrismo

Entretanto, a Europa está começando a olhar para esse tipo de prática com uma atenção maior. Já há uma diretiva europeia de 2009 que proíbe expressamente a captura intencional de todas as aves selvagens no continente.

Na Espanha, por exemplo, a concessão de permissões das sociedades autônomas aos silvestristas se amparam no artigo 9 da Lei, que permite a captura de aves para fins de pesquisa, repopulação e reintrodução. Isto, segundo os ornitólogos, é um insulto.

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Segundo a Europa, essas atividades devem ser praticadas sob condições controladas e seletivas. E, além disso, em pequenas quantidades.

Tudo isto é quebrado pelas concessões ao silvestrismo, o que tem irritado muitos protetores de animais da União Europeia.

Durante anos, o silvestrismo foi permitido. Porém, desde que, em teoria, as capturas gerassem a reprodução em cativeiro para evitar a caça.

Mas a realidade é que, embora as aves capturadas pudessem gerar muitos filhotes em cativeiro, os silvestristas se recusam a parar de caçar novas.

A União Europeia finalmente pôs limites às capturas e visa reduzir seu número rapidamente. Isto gerou mobilizações de caçadores e silvestristas em várias cidades espanholas.

Portanto, parece razoável que, quem quer ter um filhote de pintassilgo deva recorrer a lojas de animais ou criadores, em vez de capturar um na natureza.

Dessa forma, será possível proteger centenas de espécies que têm todo o direito no mundo de voar livres, sem serem capturadas em seu habitat.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.