Por que as girafas dormem pouco?

As girafas dormem em pé a maior parte do tempo, geralmente em pequenos cochilos de dez minutos.
Por que as girafas dormem pouco?

Última atualização: 24 fevereiro, 2021

Se procurarmos as espécies que menos dormem no reino animal, encontraremos as girafas entre elas. Esses mamíferos dormem pouco e, assim, evitam o risco de serem predados facilmente. Além disso, embora consigam se deitar, descansam em pé durante a maior parte do dia.

Todos os animais precisam dormir para repor as energias e manter uma saúde física e mental adequada. No entanto, isso não significa que todos precisam das mesmas horas ou têm os mesmos mecanismos para atingir um sono de qualidade. As girafas têm um descanso particular e aqui nós mostraremos para você.

As girafas dormem em pé?

Assim como os outros quadrúpedes, as girafas dormem em pé. Dessa forma, podem agir mais rapidamente se for necessário fugir ou se defender chutando um predador que esteja próximo. Elas também podem se deitar para descansar, mas isso exigiria mais tempo para erguer todo o corpo e reagir.

Mas se elas dormem em pé, como sabemos que estão dormindo? Enquanto descansam, as girafas permanecem em pé, com o pescoço esticado, mas inclinado para a frente. É possível saber a fase do sono em que o animal se encontra pela sua posição, pois durante o sono profundo ele se deita.

Quando dormem reclinadas, as girafas dobram as pernas, arqueando o pescoço e apoiando a cabeça nos quartos traseiros ou no chão, semelhante à postura que um cisne mantém ao dormir.

Por que as girafas dormem pouco.

As girafas dormem pouco

Uma girafa adulta precisa apenas de duas a quatro horas por dia para descansar completamente, mas isso não ocorre sem interrupções, já que o período mais longo geralmente não ultrapassa duas horas.

Esses gigantes africanos costumam dormir em intervalos curtos, de cerca de dez minutos ao longo do dia. O tempo de sono profundo em cada cochilo dura apenas um minuto.

Parece haver uma variabilidade no tempo em que as girafas se deitam em sono profundo de acordo com a idade, pois os filhotes recém-nascidos e espécimes jovens dormem mais tempo em sono profundo do que os animais mais velhos.

As girafas selvagens geralmente passam parte da noite deitadas até o amanhecer e alternam esse descanso com períodos de exploração ou ruminação.

Quando a lua está em suas fases mais brilhantes, elas são mais ativas e passam mais tempo se alimentando do que deitadas ou ruminando. As mães com seus filhotes têm sua rotina noturna própria, pois a mãe permanece atenta ao ambiente e os filhotes ficam escondidos do radar de predadores.

Por que as girafas dormem apenas dez minutos?

Existem várias teorias que explicam por que um sono leve e curto foi selecionado por esses animais.

Menor exposição ao predador

Um sono profundo e longo apresenta um risco maior de ser alcançado por um predador. As girafas adultas geralmente não são presas fáceis para os grandes felinos africanos, pois seu tamanho grande e suas pernas longas e potentes fornecem uma defesa muito poderosa contra eles. Os predadores não querem correr o risco de serem atingidos por um de seus fortes chutes.

Posição vulnerável

Dormir deitado como esses mamíferos costumam fazer significa perder alguns segundos preciosos na possível presença de um predador. O tempo aproximado para se levantar costuma ser de cerca de 15 segundos por vez, já que não é uma tarefa fácil para o animal ficar nessa posição.

Desdobrar as pernas, esticar o pescoço e correr pode significar a diferença entre a vida e a morte. Uma girafa deitada é muito mais vulnerável ao ataque de um leão, que pode facilmente alcançar sua cabeça e sufocar a presa antes que ela se levante.

A necessidade de ruminar constantemente

As girafas são animais ruminantes e passam grande parte do dia mastigando alimentos. A ruminação pode chegar a ocupar 75% do tempo para um herbívoro, principalmente um animal desse tamanho.

Tirar cochilos pequenos e espaçados em vez de dormir profundamente por várias horas pode ser combinado como uma atividade paralela à alimentação e à ruminação.

O sono em outras espécies

Todas essas razões também são válidas para outros grandes herbívoros, como os cavalos ou as vacas. Em diferentes habitats, as mesmas estratégias foram selecionadas para a sobrevivência das espécies contra os perigos da vida selvagem.

A evolução manteve outra série de modificações da fisiologia do sono adaptadas ao ambiente natural, como o sono uni-hemisférico em aves migratórias e golfinhos.


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  • Jerome M. Siegel, Do all animals sleep?, Trends in Neurosciences, Volume 31, Issue 4, 2008, Pages 208-213, ISSN 0166-2236,

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