Os 15 animais mais perigosos da Amazônia
Existem animais perigosos por todos os lados, mas no final das contas eles ainda fazem parte da biodiversidade que todos devemos respeitar. Em um dos muitos lugares mágicos do planeta, a Amazônia, existem vários animais perigosos e incríveis que devem ser respeitados por seus direitos vitais (e porque se você os encontrar pode ter problemas).
É na Amazônia que está a maior floresta tropical úmida do planeta. É uma área geográfica extremamente diversa, cortada pelo magnífico Rio Amazonas. Essa região faz parte de países como Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Conheça aqui 15 dos animais mais perigosos da Amazônia.
1. Piranha-vermelha (Pygocentrus nattereri)
A piranha é um peixe de água doce e de clima subtropical a tropical. É encontrada nas bacias de vários rios da América do Sul, incluindo o Amazonas. Tem uma mandíbula proeminente com uma boca cheia de dentes que podem causar graves mordidas em humanos.
Esses peixes são um problema devido à ausência de animais maiores, como crocodilos e ariranhas, que controlavam sua população alimentando-se deles. Infelizmente, esses predadores das piranhas quase foram exterminados nos séculos XX e XXI, então o equilíbrio natural que controlava suas populações também desapareceu.
2. Jacaré-açu (Melanosuchus niger)
O jacaré-açu é um réptil carnívoro da família Alligatoridae. Tem esse nome devido à cor escura de sua pele na idade adulta, segundo WCS Equador. Esse animal vive em lagos e rios na América do Sul. Sua principal morada é a bacia amazônica, onde é um dos maiores predadores. Ele é um caçador noturno com o qual você não vai querer cruzar.
Embora se deva ter muito cuidado para conhecê-lo, esse predador feroz está listado como uma espécie vulnerável na lista vermelha da IUCN. Foi caçado por sua valiosa pele e na década de 1940 sua população foi reduzida em 99%. O que será mais perigoso então, um réptil letal ou a ganância do ser humano?
3. A rã Dendrobates tinctorius
De acordo com a National Geographic, a pele desse anfíbio é colorida e brilhante, amarela nas costas e azul nas pernas. Além disso, é uma das maiores rãs venenosas do mundo, pois pode medir até 5 centímetros de comprimento.
Essa espécie vive nas florestas tropicais da América do Sul, especificamente na Guiana Francesa, Guiana e Suriname. Não está em perigo de extinção, mas está em constante risco devido ao desmatamento de seu habitat, à sua caça excessiva para o comércio de animais exóticos e às mudanças climáticas, pois são animais muito sensíveis às variações de seu ambiente.
Esse anfíbio tem toxinas muito perigosas, mas só é letal se você tentar comê-lo ou tocá-lo com uma ferida aberta.
4. Armadeira (Phoneutria nigriventer)
Essa aranha também é conhecida como “aranha-bananeira”. Seu gênero em nível taxonômico constitui um grupo de 8 espécies da América Central e do Sul. São noturnas e não fazem teias de aranha, pois habitam cavernas ou árvores.
Seu nome se deve ao fato de serem aracnídeos típicos de plantações de banana da mesma região em que habitam (porém, a maioria dos acidentes ocorreram em habitats urbanos). Além disso, é provavelmente a aranha mais venenosa do mundo, e sua toxina é caracterizada por gerar uma ereção nos homens e, em seguida, provocar parada cardíaca.
5. Centopeia-gigante-amazônica (Scolopendra gigantea)
É uma espécie encontrada nas terras baixas da Venezuela, Nicarágua, Costa Rica, Colômbia, México e na ilha de Trindade. Alimenta-se principalmente de baratas, escorpiões, grilos, gafanhotos, borboletas, tarântulas e também de alguns vertebrados como lagartos, ratos e morcegos.
Seu nome não é anedótico, pois esta centopeia tem em média 26 centímetros de comprimento e pode ultrapassar 30 centímetros. Seus dentes se curvam sob sua cabeça e introduzem veneno em sua presa. Possui uma substância tóxica para os humanos que causa calafrios, febre e fraqueza.
6. Poraquê (Electrophorus electricus)
É um peixe conhecido por emitir choques elétricos de até 850 volts para caçar, se defender e se comunicar. É uma espécie nativa do norte da América do Sul e vive na bacia do Orinoco e nos rios que descem do escudo das Guianas até o oceano.
7. O escorpião Tityus trivittatus
Esse aracnídeo vive em muitas regiões tropicais e temperadas da América do Sul, embora viva com mais frequência na Argentina, no Brasil e no Paraguai. Seu veneno é muito perigoso e normalmente letal para crianças menores de 5 anos e idosos. Portanto, também está entre os animais mais perigosos da Amazônia.
8. Mosquitos
Na região amazônica existem vários mosquitos que podem causar doenças. Alguns deles são os seguintes:
- O mosquito Anopheles darlingi é o principal transmissor da malária.
- Pernilongo comum (Culex nigripalpus), uma espécie que causa várias doenças (como a encefalite equina).
- O mosquito Lutzomyia amazonensis, principal vetor da leishmaniose.
9. Mandi (Pimelodus blochii)
O peixe mandi é encontrado na América do Sul, nas bacias dos rios Orinoco e Amazonas. Muitos são os casos de lesões tóxicas em pescadores dessa área causadas por esse peixe.
10. Sucuri-verde (Eunectes murinus)
Essa espécie faz parte da família da jiboia e é endêmica dos rios tropicais da América do Sul. É encontrada em países como Guiana, Venezuela, Colômbia, Brasil, Equador, Peru e Bolívia, entre outros lugares. Além disso, é uma das cobras mais compridas do mundo.
Não é venenosa, mas estrangula suas vítimas e as engole inteiras. Felizmente, os humanos não são afetados por ela, a menos que seja em legítima defesa. Embora existam alguns casos de adultos e crianças atacados, são muito raros.
11. Aranha-golias (Theraphosa blondi)
A aranha-golias ou aranha-golias-comedora-de-pássaros é considerada a maior aranha do mundo, atingindo entre 28 e 30 centímetros entre as pontas de suas patas estendidas e pesando mais de 100 gramas. Seu veneno não é mortal, mas seu aparelho bucal causa uma ferida profunda e a dor pode durar até 48 horas, acompanhada de náusea e suor.
12. Peixes Potamotrygon
A raia de rio é um peixe de água doce que vive em todos os países da América do Sul, exceto no Chile. A maior diversidade de espécies dessas raias está justamente na bacia amazônica. Às vezes, são ainda mais temidos do que as piranhas e as enguias elétricas, por seu ferrão venenoso.
Entretanto, esses peixes cartilaginosos não são perigosos, a menos que você pise neles, pois seu único mecanismo de defesa é para usar seu ferrão. Se tiverem sucesso, podem causar ferimentos fatais.
13. Jararaca-do-norte (Bothrops atrox)
Essa espécie é uma das cobras venenosas que mais causa mortes na região onde vive. Sua mordida provoca problemas renais, disfunção de coagulação, necrose e falência dos sistemas cardiovascular e renal.
A taxa de mortalidade antes era muito alta, mas hoje existem tratamentos possíveis se houver atenção médica imediata.
14. Candiru (Vandellia cirrhosa)
O candiru é um peixe de água doce famoso e temido por se alojar nos orifícios genitais ou excretores de suas presas para se alimentar de seu sangue, por isso é um dos animais mais perigosos da Amazônia.
Já foram relatados espécimes de tamanhos de até 22 centímetros, mas é um peixe alongado, transparente e muito difícil de detectar debaixo d’água. É encontrado principalmente nas partes de forte corrente dos rios e nas lagoas que formam a descida do rio.
15. Onça-pintada (Panthera onca)
Esse felino faz parte da família dos felídeos e seu gênero é Panthera. É a única espécie desse gênero encontrada na América e vive nos Estados Unidos, na América Central e na América do Sul, principalmente em áreas tropicais secas e úmidas.
Além de ser um dos animais mais perigosos da Amazônia, esse mamífero faz parte da lista vermelha da IUCN e sua população está em declínio devido à perda de seu habitat, à sua comercialização e ao conflito com o gado humano. Para muitas culturas indígenas, esse felino tem um lugar muito importante em sua mitologia.
Como você pode ver, podem ser encontrados muitos animais maravilhosos nesse lugar mágico chamado Amazônia. Aqui você conheceu os mais perigosos, mas apenas sob certas circunstâncias. Todos eles fazem parte do nosso planeta e do nosso equilíbrio e, por isso, é importante respeitá-los: às vezes, os humanos são os animais mais perigosos de todos os ecossistemas.
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