Tipos de arara-azul: conheça três
No final de 2018, descobrimos que a espécie de arara-azul, conhecida por estrelar o filme de animação Rio, foi declarada extinta na natureza. Ainda existem outras três espécies da família que vivem em liberdade e esperamos que elas não tenham o mesmo destino. Vamos te contar mais sobre elas neste artigo.
Arara-azul ou Jacinto
O nome científico desse animal é Anodorhynchus hyacinthinus — foto que abre este artigo. É uma espécie de ave da família dos papagaios que vive nas selvas da Bolívia, do Brasil e do Paraguai. Essa espécie está catalogada em perigo por causa do comércio ilegal de animais silvestres.
Também chamada de arara Jacinto, a arara-azul é a maior espécie da família. Ela pode atingir 100 centímetros de altura e tem uma envergadura de 140 centímetros. Pesa cerca de dois quilos.
Outro recorde da arara-azul está relacionado ao seu bico — de cor preta —, que é o mais forte entre todos os pássaros. As araras-azuis usam seus bicos para se alimentar de sementes e nozes e para quebrar madeira, toras e nozes de coco.
Esses animais também se alimentam de frutas maduras como amoras, mangas, além de flores, brotos e folhas. Além disso, as araras também ingerem argila, rica em minerais, para neutralizar as toxinas liberadas pelas frutas verdes que também são consumidas em sua dieta.
As penas de cor azul-escura são realmente impressionantes e cobrem todo o corpo desse animal. As patas são acinzentadas e esses animais têm uma faixa amarela sob o bico e ao redor dos olhos escuros. Ao contrário de outras araras, as araras-azuis não têm uma “máscara” sem penas no rosto.
A arara-azul não exibe dimorfismo sexual, embora geralmente as fêmeas sejam um pouco mais magras que os machos. Essa é a única diferença em casais.
Esses pássaros aninham-se em buracos de árvores. Eles podem colocar entre um e dois ovos, mas apenas um dos ovos geralmente sobrevive. O filhote permanece com os pais por três meses e é capaz de se reproduzir a partir dos sete anos de idade.
Arara-azul-de-Lear
Outra das espécies de araras-azuis que podemos encontrar no Brasil também está ameaçada de extinção. Esse animal foi descoberto em 1856, porém mais de um século se passou até que fosse considerada uma espécie diferente da arara Jacinto.
Esse animal prefere habitar selvas e bosques de palmeiras cujos frutos fazem parte da sua dieta. As araras-azuis-de-Lear também nidificam em pedras de arenito, depois de cavar buracos com o bico e espanar a poeira com os pés.
Em cada ninhada — entre dezembro e maio — a arara-azul põe um ou dois ovos. No entanto, alguns casais não acasalam todos os anos. O Anodorhynchus learis — nome científico desse animal — atinge a maturidade sexual em dois anos e pode viver até 50 anos.
Um dos aspectos mais marcantes desse pássaro é que ele pode se adaptar aos ventos e às áreas que “coloniza”. Quando estão em bando, um grupo de machos vai à frente do restante para explorar a área e verificar se não há perigos (caso contrário, emitem ruídos altos).
Arara-canindé
O último dos tipos de arara-azul que vamos apresentar neste artigo, na verdade, tem o amarelo como cor predominante. Embora a cor azul-turquesa seja apenas secundária, podemos incluí-lo na família.
O nome científico desse animal é Ara ararauna. A espécie vive na América do Sul, do Panamá ao norte do Paraguai, especificamente na Amazônia.
Medem cerca de 80 centímetros e pesam 1,5 quilos. Não há muita diferença entre os sexos. Esses animais têm cor amarela na parte inferior e turquesa na parte superior do corpo. O bico é preto, as pernas são cinza-escuro e o rosto é branco com linhas pretas.
Em liberdade, formam grupos de até 30 indivíduos. Quando formam um casal, nunca mais se separam porque são monogâmicos. Se na área de nidificação houver poucos lugares para nidificar, o casal pode expulsar outros animais que tentem usar suas casas antigas.
A fêmea põe de dois a três ovos e os incuba por quatro semanas. Após a eclosão, os filhotes passam 90 dias sob os cuidados dos pais. O macho é responsável por alimentar a fêmea e proteger o ninho. Esses animais atingem a maturidade sexual aos três anos.
Os três tipos de araras-azuis apresentados, neste artigo, são os que ainda vivem em estado natural. Esperamos que esses animais continuem a viver em liberdade no futuro.
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Vega, I. (2006). Guacamayos jacintos: la esperanza azul. Quercus.
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