Tudo sobre o cavalo-marinho-de-bargibant
Os cavalos-marinhos são um dos animais marinhos mais conhecidos e populares. No entanto, não existe apenas uma espécie desses organismos peculiares, mas pouco mais de 140 tipos diferentes foram formalmente aceitos. Um dos mais extravagantes por sua aparência peculiar é o cavalo-marinho-de-bargibant, que possui uma impressionante capacidade mimética.
O nome científico desta espécie é Hippocampus bargibanti. Pertence à família Syngnathidae, dentro da qual também se agrupa o peixe-cachimbo. Embora seja verdade que o cavalo-marinho-de-bargibant seja um dos menores exemplares, a realidade é que pode ser considerado um dos cavalos-marinhos mais incríveis que existem. Continue lendo e descubra mais sobre esse exemplar peculiar.
Habitat e distribuição
Como outros organismos do gênero, o cavalo-marinho-de-bargibant se distribui em águas tropicais rasas. Especificamente, encontra-se no Oceano Pacífico Indo-Oeste, que abrange as regiões marítimas perto da Indonésia, nas Filipinas. Papua Nova Guiné, Japão, Nova Caledônia e Austrália.
Esta espécie está intimamente associada ao coral da Nova Caledônia (Muricella spp.), pois usa o mimetismo para “copiar” sua aparência. Devido ao seu tamanho, o cavalo-marinho-de-bargibant não é capaz de se mover por longas distâncias, por isso tende a se prender aos recifes de coral próximos.
Características físicas do cavalo-marinho-de-bargibant
O corpo do cavalo-marinho-de-bargibant mantém a mesma forma em “S” típica dos cavalos-marinhos, com a diferença de que mede pouco menos de 2 centímetros de comprimento. Além disso, possui diferentes protuberâncias (bulbos) ao longo do corpo, que lembram a forma física do coral mencionado.
Como se isso não bastasse, eles têm uma cauda preênsil que lhes permite ancorar-se aos corais. Graças a isso, é capaz de passar despercebido e se misturar com seu ambiente. Quanto à sua coloração, apresenta duas variantes diferentes:
- Variante vermelha: vivem associados ao coral Muricella plectana, de modo que seu padrão de cores se assemelha ao deste organismo, cinza pálido ou roxo com bulbos rosa ou vermelho.
- Variante amarela: convivem com o coral Muricella paraplectana, por isso “imitam” a cor desta espécie, amarelo com bulbos alaranjados.
Comportamento
Os cavalos-marinhos-de-bargibant costumam formar grandes grupos escondidos entre a vegetação e os corais aos quais estão associados. Em geral, exibem um comportamento calmo e tendem a ignorar outras espécies, pois assim conseguem passar despercebidos por seus predadores.
Alimentação do cavalo-marinho-de-bargibant
Como outros cavalos-marinhos, os cavalos-marinhos-de-bargibant não possuem mandíbulas e possuem apenas um tipo de focinho tubular com acesso direto a um sistema digestivo básico. Por esse motivo, eles se alimentam apenas de pequenas presas que podem caber facilmente em suas bocas, como anfípodes, copépodes e outros crustáceos. No entanto, quando são pequenos, também são capazes de consumir plâncton.
Reprodução
Os cavalos-marinhos-de-bargibant são animais monogâmicos que escolhem um único companheiro para a vida. Ao contrário do que acontece em outras espécies do reino animal, o macho se encarrega de cuidar dos filhotes antes de que eles nasçam. Para isso, apresentam uma região abdominal exclusiva para incubar seus ovos, que pode até parecer uma “bolsa”.
Assim que chega a época de acasalamento, a fêmea transfere os ovos para a barriga do macho, onde o macho os fertiliza e inicia a incubação. Embora possa não parecer, esse processo é complexo, pois o pai fornece oxigênio e nutrientes aos óvulos por meio de um fluido especial secretado em sua “bolsa”.
O processo de incubação leva cerca de 15 dias, após os quais os ovos serão expelidos para a água em um evento semelhante ao parto. Nesse ponto, os jovens serão independentes e terão que sobreviver por conta própria, já que seus pais não participarão de seus cuidados.
Como se pode notar, o cavalo-marinho-de-bargibant é uma espécie colorida e bastante vistosa a olho nu. Apesar de seu tamanho, a grande especialização que desenvolveu para “imitar” as características do coral é incrível. No final das contas, o mimetismo é uma excelente estratégia para que animais indefesos sobrevivam com sucesso nesses ambientes.
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