Weta, um dos maiores insetos do planeta

O weta, um habitante noturno da Nova Zelândia, surpreende com seu grande tamanho.
Weta, um dos maiores insetos do planeta
Alejandro Rodríguez

Escrito e verificado por o biotecnólogo Alejandro Rodríguez.

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Hoje vamos viajar para as terras da Nova Zelândia para encontrar uma criatura que parece ter saído do cinema e da fantasia. O weta pode ser observado em muitos cantos do país e seu enorme tamanho não passa despercebido. A seguir, falaremos mais sobre um dos símbolos da Nova Zelândia.

O que é o weta?

Se mantivermos sua classificação, weta é, na verdade, o termo usado para agrupar cerca de 70 espécies diferentes de duas famílias de insetosAnostostomatidae e Rhaphidophoridae. 

Assim como acontece com outros animais que habitam a Nova Zelândia, o termo weta vem da língua maori. Os últimos estudos com fósseis colocaram essas criaturas no período Triássico, cerca de 190 milhões de anos atrás.

Características gerais do weta

Dentro do grupo de insetos, esses animais têm a honra de estar entre os maiores. Alguns espécimes da chamada weta gigante (Deinacrida fallai) chegaram a medir até 20 centímetros.

Com base em sua morfologia, poderíamos compará-los com gafanhotos ou grilos, uma vez que são semelhantes. 

Características gerais do weta

Algumas características comuns a todas as espécies são a sua incapacidade de voar – devido, em parte, ao seu peso – e seus hábitos noturnos. Durante o dia, eles preferem permanecer escondidos e, ao anoitecer, aproveitam a oportunidade para se alimentar.

A dieta desses insetos varia dependendo da espécie: alguns deles são onívoros, enquanto outros se alimentam de material vegetal, como frutas, folhas ou sementes.

Criptobiose: sobrevivendo ao inverno

Se esses animais já nos surpreendem com sua morfologia incomum, seu mecanismo de adaptação a todas as faixas de temperatura é ainda mais incrível. Quando o frio do inverno chega, o weta sobrevive graças a um processo chamado criptobiose.

Este mecanismo implica a “parada” ou suspensão momentânea das funções internas do organismo, graças à qual o animal pode sobreviver indefinidamente. Isso evita que as baixas temperaturas congelem a água contida nas células do weta, o que ajuda na sua sobrevivência.

Este mecanismo extraordinário também foi descrito em outras espécies de insetos, bem como em bactérias e sementes de plantas.

Inseto gigante em galho de árvore

Quais espécies existem?

O primeiro exemplar que apresentamos é o weta gigante. Na verdade, nos referimos a um termo que engloba 11 espécies diferentes, e que pertencem ao gênero Deinacrida. 

Esses insetos monstruosos podem pesar até 30 gramas, embora a captura de um espécime de 70 gramas tenha sido documentada. É fácil encontrá-los em altas latitudes da Ilha Sul ou em pequenas ilhas remotas.

O weta de árvores é outro dos espécimes mais representativos e marcantes. Pertencentes ao gênero Hemideina, esses insetos costumam viver em buracos de árvores, em grupos formados por um macho e várias fêmeas.

Estes wetas são caracterizados por terem um par de mandíbulas robustas, que não hesitarão em usar caso se sintam ameaçados. Atualmente, sete espécies diferentes são conhecidas.

Terminamos com o espetacular weta de chifres ou presas, um espécime que tem longas presas que se projetam das mandíbulas dos machos. Quando ocorre uma disputa entre machos, o weta usa suas presas para atacar.

Esses insetos são, em sua maioria, carnívoros, e sua dieta é baseada em vermes e outros insetos. Assim como o weta de árvore, ele também vive em buracos de árvores.


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  • Pratt, R. C., Morgan-Richards, M., & Trewick, S. A. (2008). Diversification of New Zealand weta (Orthoptera: Ensifera: Anostostomatidae) and their relationships in Australasia. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences363(1508), 3427-3437.
  • Watts, C., Stringer, I., Sherley, G., Gibbs, G., & Green, C. (2008). History of weta (Orthoptera: Anostostomatidae) translocation in New Zealand: lessons learned, islands as sanctuaries and the future. In Insect Conservation and Islands (pp. 165-176). Springer, Dordrecht.

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