Beija-flores da Colômbia e da Venezuela: beleza com todas as cores
Escrito e verificado por a bioquímica Luz Eduviges Thomas-Romero
Os beija-flores estão na lista dos menores pássaros do planeta. Eles chamam a atenção pelo seu tamanho pequeno, bem como pelos seus bicos alongados, com os quais se alimentam de néctar. Existem mais de 300 espécies nas Américas e, em geral, eles vivem em áreas arborizadas, onde têm acesso a flores e pequenos insetos.
Distribuição geográfica dos beija-flores
Os beija-flores são pássaros exclusivos do continente americano. Embora existam beija-flores em todo o continente, a maioria das espécies é encontrada na América Central e do Sul tropical e subtropical.
A maior riqueza de espécies é encontrada nas florestas úmidas tropicais e subtropicais do norte dos Andes. Por esse motivo, há uma grande variedade de beija-flores na Colômbia e na Venezuela: mais de 200 espécies!
Beija-flores da Colômbia e da Venezuela
Certamente, não vamos conseguir mostrar a seguir todas as espécies de beija-flores que existem na Colômbia e na Venezuela. Contudo, vamos analisar algumas das espécies de beija-flores mais interessantes da região.
Colibri-de-barba-azul
O Oxypogon cyanolaemus é uma das espécies de beija-flores colombianos mais raras e difíceis de serem vistas. Essa espécie não era observada na natureza desde 1946 e era considerada extinta. Felizmente, em 2015, o colibri-de-barba-azul foi redescoberto.
Esse beija-flor vive nas montanhas de Sierra Nevada de Santa Marta. Se você quiser vê-lo, é necessário fazer uma expedição (aproximadamente seis dias de caminhada e cerca de 60 km para chegar aos páramos onde ele vive).
Possui penas alongadas e uma garganta azul arroxeada, que tem o formato de uma barba, e uma proeminente crista branca. A moldura branca do seu rosto começa desde a parte posterior da cabeça, passando ao redor da cobertura das orelhas e seguindo em direção à lateral do peito.
Coeligena orina
Essa espécie é endêmica dos Andes ocidentais da Colômbia. Assim como outros beija-flores, o macho é muito mais exuberante do que a fêmea: eles têm a cabeça preta adornada com uma mancha esmeralda iridescente na testa, uma mancha em azul profundo na garganta e a barriga esverdeada brilhante.
Durante muito tempo, apenas um único espécime observado em 1951 era conhecido e se acreditava que esse beija-flor estivesse extinto até ser redescoberto perto da cidade colombiana de Urrao, em 2004.
Por causa dessa descoberta, em 2005, foi criada a Reserva Natural Colibrí del Sol, que agora cobre mais de 46 km2. Graças a esses esforços, esse beija-flor pode ser visto atualmente visitando as estações de alimentação dentro da reserva.
Desde 2005, foram encontradas três subpopulações adicionais, incluindo uma no Parque Nacional Tatamá, embora as áreas habitadas por todas as populações ainda sejam pequenas. A população total dessa espécie é estimada em menos de 250 indivíduos.
Aglaiocercus berlepschi
Anteriormente, essa espécie era considerada uma subespécie do Aglaiocercus kingi, nativo da Venezuela, Colômbia, Equador e Bolívia. Recentemente, foi descoberto que é uma espécie independente que convive com o Aglaiocercus kingi.
O Aglaiocercus berlepschi é endêmico da Venezuela, particularmente do Maciço de Turimiquire, nas fronteiras dos estados de Sucre, Anzoátegui e Monagas, e de Cerro Negro, a montanha mais alta do estado de Monagas. Além disso, também existem registros não confirmados dessa espécie na Península de Paria, no norte da Venezuela.
Assim como outras espécies de beija-flores, também apresenta dimorfismo sexual, isto é, machos e fêmeas são fisicamente diferentes.
O macho é facilmente identificável pela mancha azul na garganta, pelo seu verde escuro, pela coroa brilhante e, principalmente, pelas longas penas externas da cauda que são roxo escuro na base e que vão ficando mais azuis nas bordas, além das duas penas centrais da cauda que são mais curtas, com uma cor verde azulada.
O restante da plumagem do macho é principalmente verde iridescente, mais escuro na coroa.
A plumagem que se segue é verde amarronzada, exceto pela mancha colorida na garganta. O bico do Aglaiocercus berlepschi é relativamente curto e preto.
Por outro lado, a fêmea é verde nas costas, possui a coroa e a garganta azuis e a garganta, peito e barriga brancos. A sua cauda é mais curta que a do macho, porém ainda bastante longa, sendo verde e ligeiramente bifurcada.
Nota final
Em resumo, existem muitos outros beija-flores nas Américas que são verdadeiramente curiosos e interessantes. Esses que mencionamos são apenas alguns dos muitos que você pode ver em uma enciclopédia. Faça uma pesquisa e você encontrará verdadeiras belezas!
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- “El espectacular colibrí redesubierto luego de 69 años”. Proaves.org. Extraído de [https://www.proaves.org/spectacular-lost-hummingbird-rediscovered-after-69-years-amid-rampant-fires-across-the-sierra-nevada-de-santa-marta-in-colombia/?lang=en]
- Kirchman, J. J., Witt, C. C., McGuire, J. A., & Graves, G. R. (2010). DNA from a 100-year-old holotype confirms the validity of a potentially extinct hummingbird species. Biology Letters, 6(1), 112-115.
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