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Características do chital

3 minutos
As manchas permanentes do chital o diferenciam dos outros cervídeos.
Características do chital
Paloma de los Milagros

Escrito e verificado por a bióloga Paloma de los Milagros

Última atualização: 21 dezembro, 2022

Crepuscular, silencioso e fugidio são os três atributos que melhor definem o chital ou cervo malhado, cujo nome científico é Axis axis.

Esse mamífero artiodáctilo pertencente à família dos cervídeos é nativo da Ásia, mais especificamente da Índia e do Ceilão, embora tenha sido introduzido gradualmente no Texas, no Havaí e no México.

Descrição física do chital

O chital é caracterizado por sua magreza, com membros mais longos do que o restante das espécies do mesmo gênero. Sua pelagem é grossa e áspera, com tons avermelhados, exceto a área ventral, a parte interna das patas e a área abaixo da cauda, ​​que são brancas.

A característica distintiva desse cervídeo é a presença de manchas em ambos os sexos durante toda a vida. Suas dimensões podem atingir a altura de um metro, com um metro e meio de comprimento. Além disso, dependendo da localização geográfica, existem diferentes variedades cujo peso varia de 70 a 90 kg.

Quanto ao dimorfismo sexual, os machos se distinguem pelo desenvolvimento de chifres entre o primeiro e o segundo ano de vidaque crescem progressivamente até formar três pontas.

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Comportamento e reprodução

O chital se caracteriza por ser um animal gregário. No entanto, fêmeas e machos se integram em grupos de naturezas diferentes. Por um lado, juntam-se os machos solteiros e, por outro, juntam-se as fêmeas com os filhotes do primeiro e do segundo ano. Conforme os machos vão envelhecendo, eles tendem a se isolar.

Em geral, são animais crepusculares que geralmente permanecem inativos durante as horas mais quentes do dia. Assim, eles escolhem o amanhecer ou o anoitecer para sua alimentação herbívora, que se baseia principalmente em grama, flores e frutos caídos. Além disso, podem ingerir cogumelos ricos em proteínas quando ocupam bosques salinos.

A maturidade sexual das fêmeas ocorre por volta dos 15 meses de idade e, embora possam se reproduzir durante o ano todo, abril e maio se destacam por um maior número de acasalamentos.

Durante esses picos reprodutivos, os machos emitem um rugido característico que, além de atrair a atenção das fêmeas, também pode servir como um indicador para aqueles que queiram estudar ou observar o cio desses animais.

Durante a época dos rugidos, há um aumento na agressividade e no comportamento territorial contra os machos que tentem se aproximar do local onde a fêmea escolhida estiver. Por sua vez, as fêmeas podem se envolver em brigas quando se sentirem ameaçadas em relação aos recursos alimentares.

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As fêmeas geralmente dão à luz a um ou dois filhotes e, excepcionalmente, três. O período de gestação é de cerca de oito meses. O período de lactação é mantido até que o filhote possa se integrar ao rebanho de forma independente, o que geralmente ocorre entre o primeiro e o segundo ano de vida.

Habitat e estado de conservação

O chital geralmente é encontrado em pastagens, uma vez que essa é sua principal fonte de alimento e, embora tenha sido introduzido há vários anos no continente americano, o fato de ser uma espécie não endêmica pode ter um impacto na fauna e na flora do local de destino.

Dessa forma, um aumento descontrolado desse tipo de cervídeo pode causar a perda de massa vegetal e o aumento de doenças e parasitas.

Atualmente, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), o chital é listado como um animal ‘pouco preocupante’ em relação ao seu estado de conservação. No entanto, atividades humanas como a caça ou o desmatamento podem acelerar a perda de seu habitat e, assim, reduzir sua população global.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Álvarez-Romero, J.; Medellín. R. A. (2005). Instituto de Ecología, Universidad Nacional Autónoma de México. Axis axis. Vertebrados superiores exóticos en México: diversidad, distribución y efectos potenciales. Recuperado de http://www.conabio.gob.mx/conocimiento/exoticas/fichaexoticas/Axisaxis00.pdf
  • Lundrigan, B.; Gadnerr. C. (2000). Animal Diversity Web. Axis axis chital. Recuperado de https://animaldiversity.org/accounts/Axis_axis/

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