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O társio: reprodução e habitat

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O társio ou társio fantasma é um pequeno primata que vive na Ásia, mais precisamente na Indonésia. Ele é conhecido por seus enormes olhos - os maiores em relação ao corpo entre os mamíferos - e por seus dedos longos, aos quais deve seu nome.
O társio: reprodução e habitat
Última atualização: 09 julho, 2020

O társio é um primata muito curioso que vive na Ásia. Ele é famoso por seus grandes olhos e hábitos arborícolas. Vamos contar tudo sobre esse animal neste artigo.

Habitat do társio

O nome científico do társio é Tarsius tarsier, mas ele também é conhecido como társio fantasma. Esse pequeno primata é endêmico das ilhas Celebes, Buton, Kabaena, Muna, Selayar e Togian, na Indonésia.

Vive em florestas, manguezais e jardins florestais a uma altitude que varia entre 1.100 e 1.500 metros acima do nível do mar. Também pode ser encontrado em outros ecossistemas modificados pelo homem, pois se adaptou de tal forma que pode se sustentar na vertical, escalar ou se deslocar na vegetação tropical.

Dizem que a amplitude de movimento de um társio é de no máximo um hectare.

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Características físicas do társio

Uma das peculiaridades desse primata é seu tamanho: os espécimes adultos não excedem 15 centímetros de altura ou 130 gramas de peso (as fêmeas são ainda menores porque pesam cerca de 100 gramas).

A cauda tem o dobro do comprimento do corpo, atingindo 26 centímetros, e, devido à sua configuração preênsil, ajuda para que esses animais se balancem entre os galhos e se segurem.

Além disso, o társio detém um recorde no reino animal: é o mamífero com o maior olho em relação ao corpo, com cerca de 16 milímetros de circunferência. É circular e completamente marrom, maior do que as orelhas ou qualquer outro órgão. Maior até mesmo do que o próprio cérebro do animal!

Além disso, seus olhos não refletem a luz, algo que lhes deu o apelido de ‘fantasmas’ e que permite que eles se protejam de predadores.

Os membros posteriores são mais longos do que os anteriores e eles possuem os ossos do tarso bastante longos (por isso seu nome).

Reprodução e comportamento do társio

O társio tem hábitos noturnos e, quando escurece, acorda da letargia para caçar. Sua dieta é composta de animais vivos, principalmente insetos e, às vezes, répteis ou pequenos roedores. Eles caçam pulando sobre as presas quando elas são detectadas escondidas entre os galhos e as folhas das árvores.

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Além disso, o társio vive em grupos de dois a seis indivíduos – em algumas regiões, podem ser solitários – e pode ter costumes monogâmicos ou poligâmicos.

A gestação dura cerca de seis meses e as fêmeas dão à luz um único filhote por gestação. Ele nasce com os olhos abertos e sem pelos, mas com a capacidade de escalar desde o primeiro dia de vida. Os társios atingem a maturidade sexual aos dois anos.

O társio é extremamente tímido e se esconde assim que sente que uma pessoa ou um animal grande está se aproximando do seu refúgio. Esse primata tem grande acuidade visual e também auditiva: ele pode ouvir frequências de até 91 kHz. Além disso, vocalizam entre si em frequências que giram em torno dos 70 kHz.

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Situação atual

Os társios nunca foram capazes de formar colônias reprodutivas de sucesso enquanto estavam em cativeiro. Talvez isso tenha ocorrido por causa de certos requisitos especiais em relação à sua dieta ou habitat. Existem diferentes santuários nas Filipinas e na Indonésia com o objetivo de manter a espécie, que está em estado vulnerável de extinção.

As reservas naturais e as áreas protegidas cumprem a missão de ensinar os habitantes locais sobre a importância de manter as espécies nativas. Além disso, vários projetos se encarregaram de replantar as árvores nativas usadas pelo társio e que foram cortadas para o plantio ou para a produção de árvores frutíferas (como os coqueiros, por exemplo).

Sem dúvida, o társio é um animal muito curioso e extremamente necessário para o seu habitat natural.


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  • Collins, C. E., Hendrickson, A., & Kaas, J. H. (2005). Overview of the visual system of Tarsius. In Anatomical Record – Part A Discoveries in Molecular, Cellular, and Evolutionary Biology. https://doi.org/10.1002/ar.a.20263

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