Teiú-gigante: cuidados e características
Você consegue imaginar um lagarto do tamanho de um cachorro passeando de coleira na calçada? Por mais bizarra que essa situação possa parecer, o teiú-gigante é o réptil doméstico que mais se assemelha aos cães em termos de comportamento.
Hoje vamos apresentar a espécie Salvator merianae, um animal que, apesar de apresentar uma aparência feroz e ter um tamanho grande, é um dos bichinhos exóticos preferidos dos mais aventureiros.
Conhecendo o animal
O teiú-gigante ou teiú-comum é a maior espécie dentro da família de répteis Teiidaere. A seguir, apresentamos algumas de suas características:
- São animais muito grandes, pois podem atingir 140 centímetros de comprimento contando a cauda (os machos são maiores).
- Sua coloração consiste em uma base branca com manchas pretas horizontais, que dependem muito do indivíduo.
- A cabeça é muito pesada, com cristas maxilares características.
- São animais onívoros e amáveis, geralmente muito dóceis na idade adulta.
- Podem viver até 20 anos na natureza.
Uma característica muito marcante desses lagartos é que eles são um dos poucos répteis parcialmente endotérmicos, de acordo com estudos. Isso significa que eles podem ter uma temperatura corporal até 10 graus superior a do ambiente durante a estação reprodutiva.
A maioria dos répteis é ectotérmica, o que significa que sua temperatura corporal depende do ambiente como um todo.
Cuidado e considerações
Em primeiro lugar, é necessário notar que em muitos países a posse de um teiú-gigante pode ser considerada ilegal. Por exemplo, na Espanha é proibido possuir qualquer réptil que atinja mais de dois quilos de peso na fase adulta (o teiú-gigante atinge até 7 quilos).
Além disso, é necessário garantir que o réptil venha de um criador profissional. Qualquer animal capturado em seu ambiente natural é um a menos em seu habitat, o que promove a extinção de sua espécie a longo prazo.
Depois de levar tudo isso em consideração, os requisitos do seu terrário são os seguintes:
- Um habitáculo com pelo menos dois metros de comprimento e um metro de largura.
- Um substrato feito de fibra de coco ou casca de cipreste (que armazene bem a umidade).
- A umidade relativa do terrário deve ficar entre 75% e 90%. Isso é conseguido pulverizando o substrato com água duas ou três vezes ao dia.
- O habitáculo deve apresentar gradiente de temperatura, com área fria em 27 graus Celsius e área quente em aproximadamente 37 graus Celsius. Isso é feito ao colocar mantas térmicas e uma lâmpada UVB de produção de calor.
Como podemos ver, estamos diante de um animal que não é tão exigente quanto um cachorro quando se trata de passeios e exercícios, mas que obviamente requer parâmetros ambientais exatos. Portanto, é necessário monitorar continuamente a temperatura e a umidade no terrário.
Dieta e comportamento do teiú-gigante
Os teiús-gigantes comem uma grande variedade de alimentos, pois são onívoros. Nos estágios juvenis, eles tendem a comer invertebrados como besouros, grilos, caracóis e aranhas. Com o tempo, é necessária uma maior ingestão de proteínas na forma de carne e peixe.
A dieta não é um problema para esses animais, pois eles também comem frutas, verduras, ovos e muitos outros vegetais. Devemos lembrar que, como qualquer outro animal doméstico, a variedade é essencial.
Por fim, é necessário enfatizar que os teiús-gigantes são animais calmos e relativamente sociáveis, pois permitem ser tocados e até abraçados por seus responsáveis. Em muitos casos, aceitam a colocação de coleira para passear nas horas mais quentes do dia.
No entanto, chegar a esse ponto requer um lento processo de familiarização com o animal. Lembre-se de que esses répteis não são evolutivamente predispostos a interagir conosco, como é o caso dos cães.
Teiú-gigante: um animal de estimação incomum
Como vimos, os teiús-gigantes são animais de estimação com necessidades muito específicas e um custo de cuidado elevado, pois é necessário investir em um grande habitat, mantas de aquecimento e fontes de luz UVB.
Mesmo assim, uma vez acomodado, esse animal é pouco exigente, autônomo e ao mesmo tempo capaz de receber carinho e reconhecer o tutor. Além disso, ter um réptil com mais de um metro de comprimento que atende ao seu chamado para subir na sua perna em um gesto de afeto é algo que não tem preço.
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