Vison-americano: habitat e características
Escrito e verificado por o biotecnólogo Alejandro Rodríguez
O animal deste artigo é originário da parte norte do continente americano. Devido a razões como o seu grande potencial expansivo e colonizador, hoje em dia o vison-americano tem expandido o seu habitat para grande parte da Europa, Ásia e Nova Zelândia.
Saiba mais sobre ele a seguir.
Breve história evolutiva do vison-americano
Esse mamífero carnívoro foi descrito pela primeira vez em 1777 pelo naturista alemão Johann Von Schreber. O vison-americano faz parte da família dos mustelídeos.
Esse grupo de mamíferos se caracteriza pela sua dieta carnívora, o seu corpo alongado e a sua ampla área de distribuição. Existem várias espécies conhecidas entre os mustelídeos, como o furão, a doninha e o ratão-do-banhado.
Atualmente, são conhecidas duas espécies de vison: o vison-europeu (Mustela lutreola) e o vison-americano (Neovison vison).
Apesar de terem um certo grau de parentesco, as últimas pesquisas realizadas sobre o exemplar americano revelam que ele é um animal muito mais especializado.
Isso quer dizer que, em linhas gerais, o vison-americano está mais adaptado para a caça e a predação, o que é corroborado pelo formato do seu crânio e a sua forma corporal.
Características morfológicas
Em relação ao tamanho, pode-se dizer que o vison-americano é um mustelídeo de tamanho médio. O seu comprimento oscila entre 31 e 45 centímetros, e o seu peso vai de 400 gramas a 1,5 quilos.
Essas variações – sobretudo no peso – dependem da época do ano e do sexo, pois os machos costumam ser maiores.
As extremidades do vison são curtas, porém robustas. Isso, junto com a forma alongada do seu corpo, dá a eles uma vantagem na hora de entrar nas tocas das suas presas. O seu corpo termina numa cauda espessa e medianamente longa.
A cabeça é pequena, embora, quando comparada com a do espécime europeu, seja projetada mais para a frente. Os olhos e orelhas também são pequenos, mas isso não os impede de ter uma visão e uma audição excelentes.
A pelagem desses animais é densa e lustrosa, com uma coloração que varia dependendo da época do ano. No inverno, costumam predominar as cores escuras e pardas. No verão, a sua pelagem se encurta e as suas cores ficam mais apagadas.
O lábio inferior e o queixo do vison-americano são de uma cor branca muito característica. Esses padrões de coloração são úteis para distingui-los dos seus parentes europeus, já que estes costumam ter uma mancha branca adicional no lábio superior.
Habitat e distribuição do vison-americano
Como muitos outros mustelídeos, esses animais preferem os habitats com existência de água próxima. Por isso, é comum vê-los em rios, córregos ou lagos.
O vison-americano se sente mais seguro quando essas massas de água estão mais protegidas nas margens, seja por vegetação ou por rochas. É nessas áreas que eles podem se refugiar e escavar as suas tocas.
Inicialmente, o vison estava distribuído pelos Estados Unidos e pelo Canadá. Porém, devido, em grande parte, ao interesse que ele despertou na indústria de peles, começou a ser introduzido artificialmente na América do Sul, Europa e Ásia.
Isso fez com que alguns exemplares tenham estabelecido povoações silvestres pelo mundo todo. A sua rápida expansão acionou o alarme em vários países.
De fato, o vison-americano está começando a expulsar algumas espécies autóctones de mustelídeos, especialmente o vison-europeu. No entanto, a campanha para reduzir a sua população, na maioria dos casos, não está dando resultados.
Essa situação levou a um endurecimento das medidas de controle nos criadouros produtores de pele, e fez com que o Governo espanhol impusesse medidas, como um plano de erradicação e a inclusão dessa espécie no Catálogo Espanhol de Espécies Exóticas Invasoras.
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