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Como se classificam as serpentes marinhas?

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As serpentes marinhas se dividem em dois grupos e apresentam adaptações morfológicas para o seu correto desenvolvimento e sobrevivência no ambiente aquático.
Como se classificam as serpentes marinhas?
Última atualização: 07 fevereiro, 2021

As serpentes marinhas são uma subfamília de répteis totalmente adaptados à vida aquática. A maioria é vulnerável em terra e raramente sai da água, pois o seu corpo adaptado para a natação faz com que tenham dificuldade para rastejar.

Esses répteis são classificados dentro das famílias das serpentes mais venenosas do mundo (Elapidae), às quais pertencem as suas congêneres najas, mambas e cobras coral. Se você quiser saber mais sobre esses animais fascinantes, continue lendo.

Serpentes marinhas, mas não do Atlântico

Essas serpentes estão adaptadas à vida marinha, porém não são encontradas no Oceano Atlântico, ainda que as regiões caribenhas forneçam um habitat ideal para esses animais.

Esses répteis habitam o Oceano Pacífico e o Oceano Índico, desde o Japão até a Nova Zelândia e desde a África do Sul até a América Central. Acredita-se que a sua ausência no Atlântico se deva ao fato de não poderem chegar até ele fisicamente, já que o istmo do Panamá é uma barreira geológica que os mantêm separados desse oceano.

De qualquer forma, isso não impediu a proliferação e disseminação das serpentes marinhas, um grupo de grande diversidade biológicacomposto por aproximadamente 62 espécies classificadas em 17 gêneros diferentes. O gênero Hydrophis é o maior deles.

Existem duas subfamílias de serpentes marinhas:

  • Hydrophiinae, que inclui a maior parte das espécies. São répteis totalmente marinhos, que não precisam sair à superfície a não ser para respirar, já que, ao contrário dos peixes, não têm guelras. Essas serpentes podem passar até cinco horas debaixo d’água.
  • Laticaudinae, com um único gênero representativo sob o nome Laticauda, que inclui oito espécies. Esses animais têm uma vida anfíbia, pois se reproduzem em terra.

A seguir, vamos analisar cada uma dessas duas grandes categorias.

Hydrophiinae, as verdadeiras serpentes marinhas

As serpentes marinhas apresentam grandes diferenças anatômicas em relação às suas companheiras terrestres. Por exemplo, todas elas têm uma cauda achatada em forma de remo – que as ajuda a nadar – e o corpo comprimido lateralmente, como uma enguia.

Os adultos da maioria das espécies dessa subfamília atingem entre 120 e 150 centímetros de comprimento, mas os exemplares maiores podem atingir três metros de comprimento, como os adultos da espécie Hydrophis spiralis.

Ao contrário das espécies de serpentes terrestres, que têm escamas sobrepostas para se protegerem da abrasão contra o solo, as escamas da maioria das serpentes marinhas pelágicas não se sobrepõem.

Essa é uma regra geral, mas devemos excluir algumas espécies que habitam os corais, pois estas possuem escamas sobrepostas com as quais protegem o corpo da abrasão causada pelos corais na pele.

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As serpentes da subfamília Hydrophiinae são carnívoras, alimentando-se de peixes (especialmente enguias), mas também de moluscos, crustáceos e até mesmo ovos de peixes. Para caçar, injetam o veneno na presa capturada, que logo morre por causa do seu efeito tóxico.

Outra diferença da subfamília Hydrophiinae em relação às outras serpentes é a sua reprodução, uma vez que os indivíduos são ovovivíparos, ou seja, os filhotes se desenvolvem e eclodem dentro da mãe. Geralmente, nascem de sete a nove filhotes, embora haja exceções de progênies muito numerosas em certas espécies.

O veneno das serpentes marinhas é muito poderoso e supera o das cobras, pois é composto por uma mistura de neurotoxinas e miotoxinas. A cobra-marinha-de-nariz-de-gancho é uma das espécies mais venenosas, mas as picadas em humanos são raras e provavelmente causadas por perturbação, já que essa espécie é bastante pacífica.

As serpentes anfíbias do gênero Laticauda

Também são serpentes marinhas, embora nesse caso não passem a vida inteira na água. Seus hábitos são aquáticos e terrestres, pois, de fato, a sua reprodução ocorre em terra e, ao contrário das anteriores, elas são ovíparas, pois botam os seus ovos na superfície terrestre.

As serpentes do gênero Laticauda  têm narinas em ambos os lados, enquanto as das outras serpentes marinhas ficam na parte superior do focinho, que tiram da água para respirar. Esses ofídios podem fechar as narinas por meio de válvulas quando submergem.

Todos os membros dessa subfamília possuem escamas ventrais, que servem para a sua proteção ao se deslocar na terra.

A serpente Laticauda colubrina é uma das espécies mais representativas. Ela vive nas águas tropicais do Oceano Indo-Pacífico e se destaca pelo seu longo corpo (quase cilíndrico) com faixas pretas e prateadas uniformes.

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Conforme foi visto, as serpentes marinhas se dividem em duas grandes subfamílias com características distintas. Esses ofídios apresentam uma série de adaptações incríveis para o ambiente aquático.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • The reptile database
  • Cronicasdefauna
  • Harvey B Lillywhite, Coleman M Sheehy, III, Harold Heatwole, François Brischoux, David W Steadman, Why Are There No Sea Snakes in the Atlantic?, BioScience, Volume 68, Issue 1, January 2018, Pages 15–24.

 


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