Tartaruga de rio da América Central: tudo que você precisa saber
Escrito e verificado por o biotecnólogo Alejandro Rodríguez
Como o único representante vivo da família Dermatermydidae, a tartaruga de rio da América Central (Dermatemys mawii) é um dos animais mais extraordinários e uma das espécies mais antigas de tartarugas existentes. Não é à toa que essas tartarugas são conhecidas como ‘fósseis vivos’.
Morfologia da tartaruga de rio da América Central
Na sua forma adulta, a tartaruga de rio da América Central pode chegar a atingir 65 centímetros. Sua cabeça é relativamente pequena em comparação ao corpo, que é alongado. Possui um focinho característico, alongado e pontiagudo, no qual se destacam duas narinas grandes. Sua pele tem uma cor cinza escuro.
Esses animais têm um casco liso, achatado e largo, consistente com a forma do corpo. A parte inferior do casco costuma ser branca e clara, sem nenhum padrão linear.
Enquanto as patas traseiras são achatadas e robustas, as patas dianteiras são palmadas e, portanto, adaptadas aos ambientes aquáticos. Isso faz com que esta tartaruga marinha se solte livremente na água.
Ela raramente abandona este meio, até mesmo para respirar. Em terra, o movimento da tartaruga é altamente limitado pelos seus pés palmados.
Habitat e alimentação
A tartaruga de rio da América Central vive em grandes rios e em várias áreas de água doce, onde a vegetação é abundante. Podemos encontrá-la em áreas da Guatemala, Belize e Honduras. No entanto, é no México – principalmente no estado de Tabasco – que sua população é maior.
É um animal completamente herbívoro, e a maior parte da sua dieta é a vegetação aquática que cresce nas margens dos rios e lagos.
Reprodução
São animais ovíparos, e a reprodução ocorre durante a estação chuvosa. Quando os rios transbordam, esta tartaruga marinha aproveita a oportunidade para cavar um ninho nas margens e gerar entre 6 a 20 ovos. Em seguida, ela esconde o ninho com lama e vegetação até os ovos eclodirem.
Ameaças à tartaruga de rio da América Central
Infelizmente, a maior ameaça a essa espécie é o ser humano. Por muitos anos, essa espécie foi caçada devido ao seu alto valor na gastronomia das regiões em que é encontrada. Sua captura é fácil, uma vez que a tartaruga de rio da América Central é dócil e nada agressiva.
A destruição do seu habitat também está influenciando negativamente a sua população, e atualmente ela está incluída na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas.
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